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Sexta-feira, 06 de dezembro de 2024

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Após morte de pet chamada Jamaica, publicitária decide levar cinzas em viagem ao país: 'minha melhor amiga'

Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Após morte de pet chamada Jamaica, publicitária decide levar cinzas em viagem ao país: 'minha melhor amiga'
Quando perdeu "Jamaica", buldogue inglês que faleceu aos três anos, a publicitária cuiabana Jessyca Silva, de 31, já tinha planejado a viagem de férias para conhecer o quinto maior país do Caribe, cujo nome serviu de inspiração quando a pet chegou na vida dela. Morando em São Paulo (SP) há nove anos, Jessyca encontrou em Jamaica a "melhor amiga, parceira e colega de casa", como define.

 
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Jamaica morreu em novembro do ano passado, deixando um vazio na vida e no coração da publicitária, que afirma nunca ter "amado outro ser vivo" como amava a "melhor amiga". Após a morte, a buldogue inglês foi cremada e Jessyca começou a ser questionada sobre o que faria com as cinzas. 

"As pessoas sempre me perguntavam o que faria com as cinzas, não tinha cogitado que ela morreria tão cedo. A única coisa que sabia é que ela seria cremada. Pensei em jogar nos lugares que ela gostava, mas achei que seria meio estranho. Meu amigo sugeriu de jogar a Jamaica na Jamaica, o que achei maravilhoso. Não tinha intenção de ficar guardando as cinzas, não é mais ela". 

Foi a partir da ideia do amigo que Jessyca decidiu levar as cinzas de Jamaica para o país onde passaria férias sozinha. Nesta semana, ela embarcou rumo a Jamaica. Na bagagem, a cuiabana levou uma pequena casinha de papelão com uma foto da buldogue. 



Na imagem, Jamaica aparece estilosa e usando óculos. A foto reflete a personalidade da pet descrita pela publicitária, que classifica a cadela como "divertidissíma, linda e maluca". 

"Nunca foi um cachorro tímido, ela chegou causando, 100% carente. Queria ficar o dia inteiro em cima de mim. Nas primeiras semanas queria que ela dormisse na cama dela, era impossível, porque ela queria dormir comigo". 

Jessyca conta que o nome da buldogue foi escolhido por acaso pelo pai que, uma vez estava caminhando na UFMT e escutou alguém chamar um cachorro chamado Jamaica. A cuiabana lembra que o pai se divertiu muito com a situação, assim como ela quando ouviu ele contar. 

Relação ajudou na saúde mental 

Para a publicitária, a relação que tinha com a buldogue inglês foi essencial em fatores como procurar uma casa maior para morar em São Paulo e suporte emocional em uma cidade que não dorme. Quando encontrou Jamaica, o apartamento onde Jessyca morava ficou pequeno e as duas enfrentaram, juntas, a aventura da mudança na capital paulista. 

"Peguei a Jamaica quando morava com meu irmão em São Paulo, ele se mudou e levou o Bisteca [pet do irmão da cuiabana]. Depois de um tempo senti muita falta de ter companhia, sempre fui a louca dos cachorros. Já queria morar em casa e Jamaica era super popular na vila. Todo mundo amava ela, minha amiga era muito pop", brinca a cuiabana. 

Jessyca conta que não foi foi julgada negativamente pela ideia de levar as cinzas de Jamaica com ela na viagem. Pelo contrário, viu pessoas se emocionarem com o tamanho do amor que sente pela buldogue: "Jamaica era muito legal, de verdade, todo mundo gostava dela", reforça. 



Quando saía para passear em bares, restaurantes ou feiras em São Paulo, Jessyca também buscava levar a companheira. Ela lembra que uma simples saída se transformava em festa, já que a buldogue era dócil e gostava de interagir com outras pessoas. 

"Ela era o melhor cachorro do mundo, perfeita, maravilhosa. Era uma grande companheira, gostava muito de pessoas, pedia por carinho nos lugares. Sempre que possível levava ela para sair comigo. Ela também foi importante para minha saúde mental. Mesmo 'na bad' eu era obrigada a sair da cama por ela". 

Para tornar o plano de levar "a Jamaica para a Jamaica", Jessyca entrou contato com a companhia aérea. Primeiro, ela leu as regras do voo, onde estava descrito que poderiam ser levadas cinzas humanas. 

"Falei com o atendente e ele foi de boa. Só pediu para avisar no raio-x. Normalmente vem um documento junto com as cinzas, tem que levar ele também". 

A publicitária ainda não sabe onde pretende jogar as cinzas de Jamaica, mas planeja se despedir da "melhor amiga" no final da viagem de férias. 

"Nem sei falar isso sem chorar, a Jamaica era tudo. Ainda não sei onde vai ser, pensei em ser na última cidade. Para a viagem ser completa". 
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