Artista plástico, o cuiabano
Gervane de Paula promove um ato de resistência política e denúncia em suas obras. Sem perder a fé no futuro, manifesta nas suas criações a relação sobre o meio onde vive, inserido no cerrado, pantanal e floresta. Reconhecido por se encaixar no colecionismo ativista, Gervane terá apresentação solo pela
Aura Galeria e a
MT Projetos na
ArtRio, entre os dias 14 e 18 de setembro, no Rio de Janeiro, no Pavilhão Terra, Stand D11. Esta é a segunda vez que o pintor, desenhista e objetista, -como ele mesmo se classifica – se apresenta no evento. A primeira foi em 2021.
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Aura Galeria e a MT Projetos firmam parceria para ampliar a circulação e divulgação da produção do artista, e a primeira ação desta colaboração poderá ser vista na ArtRio, reconhecida como um dos grandes eventos de arte da América Latina, reunindo as principais galerias do país.
Gervane de Paula promove em suas obras atos de resistência política e denúncia. Sem perder a fé no futuro, o artista articula discursos que ao mesmo tempo são contundentes, irônicos e ácidos em relação ao desmatamento e degradação do meio ambiente, ao racismo escancarado no sistema da arte, além de temas como violência urbana, misoginia, desigualdade social, entre outras abordagens.
“A importância em destacar o trabalho de Gervane está ligada aos recentes compromissos assumidos pelo campo artístico na revisão da escrita da História da Arte no Brasil”, diz texto da Aura Galeria.
Gervane de Paula ainda fez parte do grupo que expôs no Parque Lage, no Rio, nos anos 80, e se tornou célebre. O artista vive em Cuiabá e nunca foi representado por uma galeria, mesmo tendo suas obras em acervos de importantes museus e coleções particulares, como Gilberto Chateaubriand.
“Sou um artista que decidi assumir minha região. Minha obra carrega uma forte relação com o meio onde vivo, dentro de três ecossistemas: cerrado, pantanal e floresta. Esse é o ponto de partida e de reflexão”, disse o artista.
O MT Projetos de Arte é uma plataforma de apoio a novos artistas e a artistas veteranos pouco lembrados no circuito de artes. O projeto oferece espaço e material para os artistas trabalharem, precifica as obras e negocia a venda. A receita é integralmente revertida para apoio aos artistas.
“Com a proposta do MT de dar visibilidade a artistas periféricos, Gervane se encaixa na nossa premissa de colecionismo ativista. Acreditamos que colecionadores têm que suprir lacunas, têm responsabilidade social”, disse a fundadora e colecionadora Margareth Telles.
Serviço
ArtRio 2022 – 14 a 18 de Setembro (tempo de exposição de obras de Gervane), Rio de Janeiro
Aura Galeria