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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Casal se reinventa na pandemia e investe na produção de doces tradicionais do Líbano; conheça a Fares Gourmet

Foto: Fares Gourmet

Casal se reinventa na pandemia e investe na produção de doces tradicionais do Líbano; conheça a Fares Gourmet
Os nomes Balewa, Maamoul, Ataif, Shaybiet, Osmalyie, e Barezi podem causar estranheza à primeira vista. Mas para o casal descendente de libaneses, Sara Mabruque e Ali Fares, são apenas alguns dos mais de vinte doces tradicionais do Líbano que eles produzem no empreendimento gastronômico Fares Gourmet. Ainda sem espaço físico e com tudo sendo feito em casa, a novidade pouco explorada em Cuiabá atende à pronta entrega e na modalidade delivery.

Segundo Sara, os clientes ficaram contentes em poder deliciar as doçuras fresquinhas produzidas artesanalmente por aqui. Pois, até então, muitos tinham que encomendar as receitas de São Paulo – o que, agora, está prestes a mudar. Para encomendar as variadas opções disponíveis, acesse o Instagram da loja ou entre em contato pelo WhatsApp (65) 9 8129-1440.

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Fares Gourmet também produz donuts e cookies, além do carro-chefe da casa: os doces árabes, tradicionais do Líbano. São 24 opções açucaradas que eles tem no cardápio e que chamam atenção pelo ar de novidade, ainda pouco explorado como empreendimento em Cuiabá.

Dentre as receitas das mais famosas, se destacam as bolachas recheadas chamadas Mamoul, cujos recheios são de tâmara ou nozes. Além disso, o Balewa também faz sucesso entre os clientes.

Ele consiste em uma massa foleada produzida artesanalmente, montada em camadas bem finas, recheada com castanha de caju ou pistache e molhada com calda feita de água de flor de laranja e de rosas.



Outra receita que leva a mesma massa foleada, mas cortada em uma forma triangular, o Shaybiet vai recheado com creme chamado ashta, que é feito com ricota caseira, água de rosas, água de flor de laranjeira e finalizado com pistache.

Além disso, o Osmalyie, também chama atenção para esse mundo novo da gastronomia que tem ganhado espaço na capital. A massa é semelhante a um “macarrãozinho”, feita artesanalmente por Ali, fio a fio, tudo dentro de casa. Somente a massa desta receita leva cerca de quatro horas para ser finalizada.



Como o processo de produção dos doces é trabalhoso, podendo levar dias, as opções do cardápio variam conforme a semana. A produção, mesmo que caseira, começa pela a escolha e a seleção minuciosa dos ingredientes.

Todos os produtos adquiridos são de ponta e alguns vem de São Paulo, como o pistache, as castanhas, tâmara, e semolina, que são difíceis de achar com qualidade e bom preço em Cuiabá.

“Também tem os temperos para doces, temperos árabes que servem para o doce. Tudo isso a gente traz de lá, porque não é fácil achar aqui. A gente faz aqui tudo na nossa cozinha, mas com ingredientes selecionados”.

“A gente também faz a manteiga para os doces, porque tem que ser a manteiga especialmente para os doces, porque muda totalmente o sabor”, disse Sara.



Ao contrário do que se espera das receitas familiares que são passadas de geração para geração, o casal aprendeu a fazer os doces sozinho. Sara contou que seu marido, Ali, se especializou e aprendeu a fazê-las assistindo aulas, vídeos e fazendo cursos na internet.

A motivação para apostar em um investimento gastronômico aconteceu durante a pandemia, quando eles – que sempre foram comerciantes – precisaram se reinventar para continuar sobrevivendo com as vendas, mas desta vez, de dentro de casa.

Antes disso, eles já trabalhavam com gastronomia, vendendo pizzas, pão árabe, sanduíches e demais quitutes tradicionais. Sempre inovando conforme o tempo foi passando, chegaram até os doces.

 A partir de então, começaram as primeiras tentativas com as receitas libanesas e serviram para seus familiares. Com a aprovação deles em mãos, optaram por profissionalizar o negócio e tocar o empreendimento. Assim nasceu a Fares Gourmet, em meados de 2021.

“Nós éramos comerciantes, aí veio a pandemia, tudo começou a fechar e as coisas começaram ficar mais apartadas. E aí a gente começou a fazer em casa para a família e eles começaram a falar ‘começa a vender’. E a gente começou assim. Mas antes éramos comerciantes. Nos  reinventamos na pandemia”, contou.

Agora, Fares Gourmet iniciou suas vendas no Ifodd e continua a trabalhar por encomenda e à pronta entrega. Mesmo com o negócio ainda engatinhando e começando a dar os primeiros grandes passos, Sara contou que a clientela está, aos poucos, se fidelizando.

Isso se deve, principalmente, por conta da proximidade, qualidade, novidade e facilidade de experimentar e comer os doces que, até então, eram de difícil acesso na capital e tinham que ser encomendados.

“Já fizemos vários clientes que procuraram na internet, acharam a gente e falaram ‘nossa, a comprávamos os doces pela internet de São Paulo e, agora, temos o doce aqui fresquinho’. Eles pediam, mandavam por correio e aí eles experimentaram nossos doces e ficaram maravilhados. É outra coisa você comprar um doce de SP que já está feito faz tempo, do que um doce feito na hora, tudo caseiro”, disse.

No começo, por ser uma novidade pouco conhecida, os clientes foram chegando devagar. De conhecido para conhecido, entre posts em redes sociais e comentários entre amigos, o negócio foi dando uma levantada. Atualmente, eles pretendem continuar investindo para ver no que vai dar.

Ela contou, inclusive, que tem recebido mensagens de clientes dizendo que nunca experimentara um doce gostoso e diferente como o que eles produzem. “Então assim, com essas mensagens, vai dando um ânimo para a gente quando estamos desanimados”.

Por fim, comentou que eles vendem uma experiência gastronômica que realça a novidade, o diferente e pouco conhecido ou acostumado pelo paladar do cliente cuiabano. Ainda assim, diante da estranheza, o feedback tem sido positivo.

“Mas, todo mundo que experimenta tem uma experiência diferente. Alguns preferem um tipo, outros por outro tipo. Tem cliente que se encanta por todos. Mas o legal é a experiência diferente”, finalizou.  
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