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Domingo, 08 de dezembro de 2024

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VIAGEM FOTOGRÁFICA

Fotógrafo que roda o Pantanal em Truck Home, Izan Petterle registra Cavalhada e tenta capturar a essência do pantaneiro em Poconé

Foto: Izan Petterle

Fotógrafo que roda o Pantanal em Truck Home, Izan Petterle registra Cavalhada e tenta capturar a essência do pantaneiro em Poconé
Izan Petterle começou sua vida com as imagens quando deixou de comprar um Fusca para adquirir uma máquina fotográfica. Decisão mais que acertada. Ele acredita que a fotografia trata da memória, da passagem no tempo e que a mágica do fotógrafo é conseguir congelar tudo isso pelas lentes. Imbuído em capturar a alma do povo pantaneiro com sua câmera, o fotógrafo viajou para Poconé para a Cavalhada, que aconteceu no dia 26 de junho em busca de fixar as tradições e realçar as raízes culturais da maior planície de inundação do país. “Isso é um projeto já de décadas que eu venho fazendo. Sou pioneiro nisso", contou. 


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O labor da nova captura começou com o documentário “Trilha das Águas”, veiculado pelo canal Discovery Channel. Em um Truck Home Off Road, Izan se transformou em um profissional “nômade” que atravessa o Pantanal de Mato Grosso para a “grande viagem fotográfica” - aventura que partiu do centro geodésico até a beira do Rio Cuiabá e Paraguai, na Serra do Amolar.



Além de uma casa sobre rodas, o caminhão concentra um escritório e um estúdio, que é montado do lado externo do veículo em poucos minutos. Para ele, o Pantanal é uma espécie de uma jornada pessoal em busca de suas raízes.



Ele que vem de Alegrete, viveu na época em que Mato Grosso era tido como uma terra prometida e havia uma corrida em busca de riquezas na região. Izan desembarcou no estado a partir dessa identificação. Hoje com 64 anos, ele continua voltando ao Pantanal em busca dessas raízes culturais e que lhe interessam para o tipo de fotografia que faz.
 
A proposta do trabalho é explorar ao máximo os personagens da região, registrando toda brasilidade deles, exaltando o que comungam e o que diferem dos moradores dos diversos brasis abarcados pelas fronteiras deste país.

“Isso é um projeto já de décadas que eu venho fazendo. E eu tenho um livro, “Os Caubóis do Pantanal”, já mergulhei. Sou pioneiro nisso aí. Hoje te uma série de fotógrafos mais jovens que vem seguindo os meus passos fazendo a mesma coisa que eu”, contou.

Depois registrar o povo pantaneiro em seu habitat e costumes, a ideia agora é tirar ele do cenário e mostrar quem é a pessoa e os detalhes que a fazem única.

 Quem se dispõem a participar escolhe alguns objetos que o descrevem e até mesmo animais, como o cavalo. Depois, se posiciona sobre o fundo monocromático. O resultado é o cidadão pantaneiro como principal elemento, sem distrações ou máscaras.

As imagens que têm produzido atualmente fazem parte de um projeto que já dura décadas. Segundo Izan, é uma vida de documentação fotográfica congelando na memória o tradicional modo de vida e cultura do pantanal poconeano.

Petterle, que começou a fotografar na década de 90, já tem no currículo experiências que o colocam em um local de destaque no mercado. Trabalhou para a National Geographic Brasil e, atualmente, está na Discovery Channel. Também publicou livros e ilustrou exposições.



No documentário Caminho das Águas, Izan contou sobre sua trajetória e lembrou quando entrou na faculdade de Medicina Veterinária e ganhou do avô uma quantia em dinheiro para comprar um fusca.

Porém, para frustração dos parentes, chegou em casa com uma máquina fotográfica e gastou o que sobrou do valor em uma viagem à cidade de Machu Picchu, no Peru, inspirado à época nos idos de Che Guevara.

Fisgado pela luz e construção cultural do Pantanal, nunca deixou de lado a região e diz que, aos 64 anos, vai realizar o sonho de congelar momentos através de imagens na maior planície alagada do planeta.
 
O projeto é realizado por Izan Petterle com financiamento próprio e teve apoio logístico do Sindicato Rural de Poconé e do grupo Guardiões do Pantanal. Parte deste material será compartilhado no Instagram.

Hoje sua arte multifacetada atende a projetos corporativos – as fotografias épicas -, artísticos e documentais. Tornou-se um dos colaboradores da revista National Geographic e um dos grandes nomes do Brasil.

A vida dinâmica e as escolhas que tomou não lhe roubaram oportunidades, afinal, ele viaja o mundo e é no seu recanto em Chapada dos Guimarães, onde reside até hoje. No município místico crescido em cima de paredões, ele recarrega as energias, onde desde o início de sua carreira como fotógrafo cuida de gados e de cavalos.
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