Olhar Conceito

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Política Cultural

PODER TRANSFORMADOR

Conheça a associação Vambora, movimento sociocultural idealizado para atender artistas de MT e "unir coletivos"

Foto: Vambora MT

Conheça a associação Vambora, movimento sociocultural idealizado para atender artistas de MT e
Nascido na pandemia com a ideia de juntar coletivos, agregar vertentes artísticas e ajudar a classe de Cuiabá e Mato Grosso, o Movimento Vambora é uma associação sem fins lucrativos que tem realizado atividades, cursos, oficinas, eventos, mostras, shows, festivais por meio de parcerias e projetos. A idealizadora do movimento, produtora cultural Silvana Cordova, contou ao Olhar Conceito “agregamos artistas de diversos setores para estarem conosco nessa construção, no ideal de trabalhar coletivo, de fazer juntos”.

Leia mais: 
Conheça o Manga Preta Rock Store, espaço multicultural que agrega todas as vertentes da Arte Urbana em Cuiabá

Silvana percebeu em 2020, auge da pandemia, que o setor cultural de Mato Grosso foi duramente afetado, sendo o primeiro a parar e o último a retomar suas atividades presenciais. Também notou que vários artistas com talento de sobra tinham dificuldades para idealizar e realizar projetos. “Eles são muito bons no que fazem, mas quando se fala na parte burocrática, na viabilização de projetos, eles têm dificuldades”.

Diante das dificuldades, muitos ficam sem apoio de edital, por não saber como proceder. Ficam sem emendas parlamentares por desconhecerem formas de solicitação. Com esses fatores adversos, ela idealizou junto a outros produtores o Movimento Vambora, com intuito de estender a mão à classe, aos artistas com problemas em tirar seus projetos do papel, viabilizando meios para realiza-los.

“Por meio dessa associação, eu e alguns dos produtores fomos atrás da captação de recursos e conseguimos algumas emendas parlamentares. A primeira veio por intermédio do deputado estadual Alan Kardec”.

Com o recurso captado pela parceria via emenda do parlamentar, nasceu o Festival Vambora com a ideia de lançar o movimento em MT. A primeira ação do festival aconteceu na parada da diversidade sexual, em 4 de dezembro 2021. Pela primeira vez em 18anos, os artistas da parada receberam cachê. Foram 24 artistas e 7 trios elétricos.
 
No mesmo ano, o movimento colaborou na produção do documentário “Cururueiros do Pantanal”, com importante registro da cultura popular.  Vambora também organizou junto ao Cena Onze e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) um webinar com temática da diversidade.

De 10 de dezembro de 2021 a 09 de janeiro de 2022, o Movimento Vambora esteve à frente da produção do maior evento de Natal do Estado de Mato Grosso. O “Natal de Vida, Fé e Superação”, teve a visitação de mais de 280 mil pessoas em um mês, na Arena Pantanal.

Em 2022, o Vambora realizou dois cursos de empreendedorismo para artistas. Curso de mídias sociais para artistas em geral e Empreendedor de Cifras para músicos.

A última ação de eventos do Vambora aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de abril. No dia 25, um Show Case da Sumac, uma gravadora da capital, juntou músicos que fizeram um show com canções autorais no Cine Teatro. No dia 26, também no Cine Teatro, foi feito o primeiro festival de Stund Up de Cuiabá, apenas com comediantes regionais.

Por fim, no dia 27, foi realizado o Vambora Hip Hop, no coletivo manga preta, na praça da mandioca, que reuniu os artistas da arte de rua no centro de Cuiabá. A assistência do movimento se estendeu para além da estrutura física do evento. Também foi viabilizado, pelas emendas, vans e ônibus para transportar o público que não tinha condições de se locomover até o local.

Atualmente, o projeto faz gestão compartilhada com o Espaço Roda da Caixa Cênica, local multiuso que atende artistas e a sociedade em geral, com aulas de dança com bolsa para comunidade vulnerável, livre acesso para grupos e artistas realizarem ensaios, reuniões, cursos, apresentações e outros.

Imerso nessa ampla gama de atividades e ações para a cena cultural do Estado, o Vambora acredita que a arte pode salvar, diariamente, por meio de suas obras. Para Silvana, os trabalhos são voltados “para que os artistas possam movimentar suas redes, gerar renda, criar portifólios, tenham noção de marketing digital, prestação de contas, organização e viabilização de projetos. Tirar seus projetos do papel e se inscrever em editais nacionais, regionais e internacionais”.

“A arte salva, nos salvou na pandemia, tem nos salvado todos os dias. O hip hop salvou muitas vidas. É basicamente isso. O Vambora é uma junção de coletivos: coletivo feminino, do hiop hoip, o negro, da cultura popular, da música autoral, do teatro, da dança”, finalizou.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet