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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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ENSAIO MANIFESTO

Artistas de Chapada dos Guimarães são premiadas em Bienal com "Envenenada", obra que critica o uso de agrotóxicos e o avanço do agro

Foto: Ju Queiroz

Malu Jimenez em

Malu Jimenez em

Obra do Ensaio Manifesto “Envenenada” desenvolvido pela fotógrafa Ju Queiroz e pela filósofa ativista Malu Jimenez, do coletivo Lute como uma Gorda, foi premiada na Bienal Black Brazil Art, que nesta edição tem o tema “Cartografia e Hibridismo do Corpo Feminino: Representação Visual e Afetiva”, reunindo 250 obras. “Envenenada” se propôs a registrar corpos esquecidos, hostilizados e excluídos socialmente para criticar o uso de agrotóxicos e o avanço desenfreado do agronegócio no país e, principalmente no estado. As obras estarão disponíveis na bienal até o dia 18 de julho.

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Duramente criticado e hostilizado por pessoas ligados ao agronegócio, o Ensaio Manifesto “Envenada” trouxe o corpo gordo, nu, afrontoso, crítico e artístico de Malu Jimenez em meio a uma plantação, usando uma máscara de gás, como uma crítica ao uso de agrotóxicos e o avanço desenfreado e nada sustentável do agro. O corpo gordo se torna uma arma política que, por meio da arte, mostrando parte “do que morre pelo sistema”
 
A Bienal Black Brazil Art trouxe como tema “Cartografia e Hibridismo do Corpo Feminino: Representação Visual e Afetiva" e reuniu 250 obras entre pinturas, esculturas, instalações, videoarte, fotografia e performances, produzidas por novos talentos da arte contemporânea nacional e estrangeira.
 
Com trabalhos selecionados a partir de uma chamada pública, a exposição conta com a participação de mais de 100 artistas convidados, todos vindos de diferentes partes do Brasil e do exterior. 
 
Além de conquistarem o título na bienal, o coletivo Lute como uma Gorda tem conquistado cada vez mais espaço e reconhecimento, tanto dentro quanto fora do país. As artistas de Chapada dos Guimarães foram selecionadas para participarem da Bienal de Arte Internacional de Cerveira em Portugal, com as obras de “Envenenada” e “Sobras”, que faz críticas ao lixão aberto em Chapada. As obras da dupla reverenciam questões ambientais, feministas e antigordofobia.
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O Coletivo Lute como uma Gorda
 
Coletivo Lute como uma Gorda é formado principalmente por Malu Jimenez e Ju Queiroz . Juntas produzem fotografia de resistência, colocando o corpo gordo e a discussão sobre a gordofobia no foco de suas produções artísticas. Junto às corpas gordas, trazem ao foco denúncias ambientais, sociais e políticas que transpassam a vivência de duas mulheres que querem mudar o mundo.

Desde 2019, vêm desenvolvendo a ideia de trabalhar com ensaios fotográficos políticos que trouxessem uma proposta de resistência. “A ideia é trazer a fotografia como uma ferramenta, instrumento na luta antigordofobia, de representatividade e de posicionamento político: o corpo gordo é revolução! O corpo gordo é político!” aponta Malu Jimenez
 
 
Onde ver as obras:


- A exposição na Bienal Black Brazil Art acontece de forma online pelo site  e estará disponível para visitação até 18/06/2022
- A exposição na Bienal de Arte de Cerveira acontece de 16 de julho a 31 de dezembro de 2022, disponível em  https://bienaldecerveira.pt/
 
Fotógrafa e Performer

Ju Queiroz  é graduada em psicologia pela FAP - Faculdades da Alta Paulista e especialização em Gestão de pessoas. Iniciou na fotografia em 2015 no ramo de fotografia de moda. Ao final deste mesmo ano passou a se dedicar à fotografia de família, newborn, gestantes, partos e festas infantis. Atualmente dedica-se ao público feminino conduzindo um trabalho de empoderamento através da fotografia. É criadora e mentora da “Jornada do Corpo” onde leva o autorretrato aliado às reflexões para autoconhecimento, e também é apoiadora e fotógrafa oficial do projeto “Lute como uma gorda” em conjunto com a doutora Maria Luisa Jimenez. Tem suas fotos expostas no livro que leva o mesmo nome sobre o tema da gordofobia. Também já fotografou eventos diversos como gravação de videoclipes, casamentos, festivais de dança, peças teatrais, inaugurações de estabelecimentos, dentre outros.
 
Fotos:
https://drive.google.com/file/d/1cl_iyJT2vHAGpzqmJwu3Zde8rb-MrE5Y/view?usp=sharing
 

https://drive.google.com/file/d/1vynk4V3-fB0GjPkFlz0w0ESu2d4OkVfx/view?usp=sharing
 
Contato: juqueirozfotografia@gmail.com
whatsapp: 66 99997 9010
 
Malu Jimenez é filósofa, feminista, artivista, pesquisa gordofobia desde 2014, propõe uma FILOSOFIA GORDA dentro de uma proposta de mudança de paradigma sobre corporalidades dissidentes, com uma revisão epistemológica sobre o discurso soberano de saúde, em uma perspectiva das corporalidades gordas. Professora pesquisadora, doutora em Estudos de Cultura Contemporânea pela UFMT, autora do livro “lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos”. Fundadora do PESQUISA GORDA – Grupo de Estudos transdisciplinares das corporalidades gordas no Brasil, idealizadora do projeto lute como uma gorda.  Pós doutoranda em Psicossociologia na UFRJ. Palestrante, ministra cursos, workshops, rodas de conversa e oficinas sobre corporalidades gordas, escritas afectivas e performance fotográfica de resistência.

Fotos:
https://drive.google.com/file/d/1M7RaCi7ngQ1lpJRA5PwnSgOiNaKpp0St/view?usp=drivesdk
 
https://drive.google.com/file/d/1kIg_2a4zoFdGbcmKXnFK7lUblCAyMTpn/view?usp=drivesdk
 
Contato: llutecomoumagorda@gmail.com
whatsapp: 65 993018851
 
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