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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Cuiabana de 10 anos vende laços para poder comprar material escolar e sonha: "quero ter uma fábrica"

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Cuiabana de 10 anos vende laços para poder comprar material escolar e sonha:
A cuiabana Luana Vitoria de Oliveira é apenas uma criança de dez anos de idade, mas a sua criatividade e perseverança são de gente grande. Durante a pandemia, ela assistiu à mãe fazer laços para vender, mas, além de testemunhar a atividade, também quis aprender o ofício. Hoje em dia, ela produz e vende as peças, ao mesmo tempo em que planeja utilizar o dinheiro para comprar seu material escolar e ajudar a família. 

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“Eu gosto de ver e aprender a fazer e eu sempre quis vender. Quero que me ajudem comprando lacinho pra comprar meu material [escolar] e um celular”, contou em entrevista ao Olhar Direto, nesta quinta-feira (3), a criança, que mora no bairro Parque do Lago, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). 

Mãe solteira, a alta-florestense Leise Oliveira, de 32 anos, sempre atuou como artesã e, às vezes, profissional de limpeza e garçonete, para poder sustentar a filha Luana e mais quatro filhos.  
 
Mãe de Luana supervisiona as vendas da filha (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

À reportagem, Leise contou que quando estava grávida, o pai de Luana tentou matá-la enforcada. Na época, ela foi acolhida em uma casa de proteção à mulher. Desde então, o ex-marido não procura a família. A mãe, então, cuida de Luana e dos irmãos sozinha. Atualmente, ela ainda conta com uma medida protetiva e a proteção da Patrulha da Maria da Penha. 

“Sempre fui pai e mãe e ela me viu trabalhando a vida inteira pra cuidar dela. Quando eu não estou fazendo laços eu estou fazendo outra coisa. Eu vejo a Luana trabalhando, sinto muito orgulho. Ela usa isso também [para suprir] um pouco de carência, porque o pai nunca foi presente”, desabafa Leise. 

A mãe conta que as vendas dos laços aumentaram depois que ela decidiu compartilhar a história da filha nas redes sociais. Antes disso, as vendas, que ainda são poucas, eram menores ainda. Atualmente, os laços são vendidos por R$ 2,50, valor que ela considera baixo, mas atrai clientes. 
 
Luana faz alguns modelos de laço e a mãe faz outros (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

“Falei ‘vamos gravar um vídeo. Quem sabe com o vídeo, as pessoas conseguem ter um pouquinho de compaixão e te ajudar'. Aí fui, gravei o vídeo, mas eu não sabia que ia dar essa repercussão toda que deu”, relembra Leise. 

Neste momento, os laços que Luana vende, com a supervisão da mãe, também complementam a renda da família. Há quatro meses, a mãe se casou novamente. Com isso, atualmente o sustento vem das diárias, dos laços e dos serviços esporádicos que o padrasto da menina também faz. 

A mãe conta que Luana tem enfrentado dificuldades para continuar comprando os insumos necessários para que a filha e ela possam continuar produzindo e vendendo os laços. O aumento da demanda também dificultou a produção, uma vez que a família possuía uma quantidade baixa de material. 
 
Luana vende os laços no bairro e aceita encomendas pela internet (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

“Se a gente recebesse doação de material pra gente trabalhar e produzir, seria muito melhor. A gente tem pouco material, eu estou recebendo muitas [encomendas] de cores de uniforme. [Mas] eu não estou tendo [material] de cores de uniformes”, finaliza.

Apesar disso, Luana continua traçando planos e sonha com o dia em que poderá não apenas comprar o seu material escolar, mas também ajudar toda a família. Entre os objetivos, o maior: “Eu quero ter uma fábrica de laços, para [poder] vender muito laço, vou comprar uma casa e vou montar outra loja”.   

Para ajudar

Aqueles que tiverem interesse em contribuir com Luana e sua família podem ajudar de diversas formas. Uma delas, é comprando os laços produzidos e comercializados por ela e pela mãe. O contato para esta finalidade pode ser feito a partir deste telefone 65 9 8170 9745 ou, também, através desta conta do Instagram (CLIQUE AQUI)

Outra forma de contribuir com a família é, ainda, fazendo doações em dinheiro ou móveis que possam ser utilizados para a construção de uma loja de laços no terreno da casa da família, em Várzea Grande. O contato para este fim pode ser feito no mesmo telefone mencionado acima (65 9 8170 9745). Doações também podem ser feitas a partir desta chave PIX: 65 9 8170 9745 (CELULAR).
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