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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Mercado do Porto é reconhecido como patrimônio histórico, artístico e cultural

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Mercado do Porto é reconhecido como patrimônio histórico, artístico e cultural
O Mercado do Porto, em Cuiabá, passou a ser reconhecido como patrimônio histórico, artístico e cultural imaterial a partir da Lei 11511/21, proposta pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (DEM).

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Um dos principais pontos turísticos da capital mato-grossense, o Mercado do Porto abriga 480 boxes que oferecem uma imensa variedade de produtos de qualidade como peixes, verduras, legumes, cereais e frutas. Para o presidente da Organização do Mercado do Porto, Jorge Antônio Lemos Júnior, a iniciativa é o reconhecimento aos trabalhadores e frequentadores do local.

“É uma grande conquista para nós porque, além de termos o reconhecimento simbólico, teremos muito mais possibilidades de captar recursos públicos para melhorar o Mercado do Porto, as condições de vida e de trabalho dos permissionários e a qualidade do serviço prestado ao consumidor", comemorou Lemos Junior.

História

A feira nasceu na região central de Cuiabá, na praça Rachid Jaudy, no meio da avenida Isaac Póvoas, com pouco mais de 10 feirantes, expondo seus produtos em charretes e algumas poucas barracas improvisadas e, ao longo dos anos, foi mudando de lugar, de acordo com o aumento dos feirantes e o crescimento dos consumidores.

Embora sejam raras as pesquisas históricas, feirantes mais antigos relatam que a feira saiu da praça Rachid Jaudy, na década de 50, para o espaço entre o estádio Presidente Dutra e o Arsenal de Guerra, depois foi para a Avenida da Prainha, atrás do Quartel da Polícia Militar, onde hoje é o Shopping Popular. Funcionou no bairro Verdão; na praça Maria Ricci, no Porto; Mercado do Peixe, atual Museu do Rio. E, em 10 de fevereiro de 1995, foi instalado na avenida 8 de abril, no local chamado popularmente de Campo do Bode, entre o córrego Mané Pinto e o Rio Cuiabá.

Hoje é um complexo comercial varejista composto por 167 permissionários divididos por setores de pescados, açougues, frios, doces, lanchonetes, restaurantes, hortigranjeiros, rações e similares, confecções e utilidades domésticas. O Mercado funciona de terça-feira a domingo, embora alguns comércios abram nas segundas-feiras. Em média, 120 mil pessoas frequentam o mercado por mês.

Além de importante entreposto comercial, o Mercado do Porto de Cuiabá desponta como um dos principais ambientes de circulação. Mantém o método tradicional de preparo de peixes, retirando a espinha e fazendo cortes especiais. Também oferece raridades da gastronomia cuiabana, como o pixé, o furrundú, o doce de caju, as bananinhas fritas, além de frutos típicos da região do cerrado, como o pequi, dentre vários outros ícones da cultura regional.
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