Após não realizar seu evento em 2020, a Parada da Diversidade de Cuiabá passará por mudanças em sua décima oitava edição em 2021. Devido a pandemia do novo coronavírus, a edição será totalmente online e abrangerá todo o estado. Por este motivo, o evento ganha um novo nome: Parada da Diversidade LGBTQIA+ de Mato Grosso.
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Em uma nota divulgada nas redes sociais, a organização pontuou o cenário pandêmico, mas ressaltou que não é possível deixar de lutar contra os preconceitos. “Nesse contexto de pandemia, em que mais de 550 mil pessoas perderam a vida, entendemos que o momento é de cuidado, e por isso não iremos às ruas. Entretanto, não podemos deixar de ecoar nossas vozes contra o racismo, o machismo e a LGBTfobia, que continuam matando nossa população”;
Sem uma data divulgada para sua realização, a Parada contará com seminários, audiências públicas e debates. Todos os detalhes da nova edição estão previstos para serem revelados no próximo dia 14 de agosto.
Última edição
A última edição da Parada da Diversidade de Cuiabá aconteceu em novembro de 2019, com o tema “Somos muitos, podemos estar em qualquer profissão! Demita o seu preconceito”. À época, um dos organizadores do evento, Clovis Arantes, falou sobre a importância de discutir a inserção de pessoas LGBTQI+ no mercado de trabalho.
"Nós estamos discutindo esta questão do mercado de trabalho justamente porque as pessoas LGBTQI+, principalmente as pessoas trans, tem mais dificuldade de acessar o mercado de trabalho, porque ainda existe muito preconceito. Então é hora de a gente dialogar com a sociedade, com as empresas, e dizer que nós podemos estar em qualquer profissão, nós somos médicos, nós somos garis, somos caminhoneiros e caminhoneiras, nós somos deputados, somos advogados, somos professores, nós podemos estar em qualquer profissão".
A caminhoneira transexual Afrodite de Almeida, participou pela primeira vez de uma Parada do orgulho LGBTQI+. Ela afirmou que manifestações deste tipo são importantes para que a comunidade ganhe mais espaço.
"É a primeira vez que eu participo de uma parada assim. Eu fui convidada para participar da parada em São Paulo, mas foi de última hora e eu nunca tinha participado então não quis ir. Agora, eu fiquei sabendo na quinta-feira sobre esta parada, e eu acho muito importante porque é uma manifestação pacífica, uma manifestação de amor, eu nunca persegui, nunca fui perseguido, e não entendo estas violências que tem nos grandes centros, esta intolerância. Eu acredito que devagar a gente está ganhando espaço".