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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Projeções Poéticas

Coletivo reproduz mensagens em muros e prédios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães

Foto: Reprodução

Coletivo reproduz mensagens em muros e prédios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães
Quando a pandemia começou, a vontade de confortar os transeuntes e moradores em isolamento deu lugar à iniciativa Projeções Poéticas. São fotografias, colagens e vídeos que serão transmitidos em quatro noites especiais de projeções em muros e prédios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães.

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As projeções começam nesta sexta-feira (16) na entrada da Casa das Pretas, na Praça da Mandioca em Cuiabá, a partir das 18h. A fachada da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito é suporte para a arte visual no sábado (17.07), no mesmo horário.  No próximo sábado (24.07) é a vez de Chapada dos Guimarães, quando as imagens serão exibidas na fachada da Igreja Nossa Senhora de Santana, também às 18h.

Para aprimorar o conteúdo e consolidar o movimento, as artistas visuais Daniela Kern e Raquel Diógenes se conectaram a outros artistas e a arte ativistas de várias regiões do país que somam ao Coletivo Projetemos. Nascia assim, em solo mato-grossense, o Projeções Poéticas. Com incentivo do edital MT Nascentes, da Lei Aldir Blanc, o coletivo idealizou o projeto “Sou Natural, Sou Natureza”.

“A vídeo projeção é uma manifestação artística inovadora, uma intervenção urbana que vem sendo bastante utilizada. É também inclusiva e provoca reflexões íntimas ao visibilizar importantes questões do nosso tempo. Se antes nossas projeções quebraram a monotonia da vida durante o período mais crítico da pandemia e depois, alertaram sobre a tragédia no Pantanal, agora, elas se debruçam sobre a relação entre o humano e a natureza”, explica.

As projeções pensadas para a nova fase do coletivo Projeções Poéticas ajudam a repensar nossa relação com a fauna e flora, notadamente, da mulher e da Terra. É aí que surge a figura de Dona Sebastiana, anciã que guia o coletivo nessa imersão. A benzedeira, dotada de uma relação ancestral com a terra e o rezo, provoca a reflexão sobre a relação que temos com a natureza.

“Folhas, flores e árvores do Cerrado foram base do trabalho de design. Também as plantas do jardim de dona Sebastiana, de onde saem os ‘ingredientes’ de suas poções. O corpo da artista visual Elisa também aparece como suporte de poesia. Apostamos no tom das cores em flúor para traduzir uma atmosfera de fantasia, quase um sonho. Com a arte desejamos despertar a empatia dos observadores”, conta Daniela.

Para ela, a arte é uma fonte de transformação capaz de despertar a consciência humana e evocar sensações a partir da beleza das imagens, a leveza do contato com a superfície das construções e o efêmero de sua presença.

“Principalmente em um momento de tantas perdas socioambientais. É a poesia visual que surge como um alerta também. Este projeto é um manifesto visual que desperta reflexões sobre a importância do cuidado e da reverência à natureza em nossas vidas. Esse movimento nos inspira. Esperamos que essas mensagens toquem olhares e corações ávidos pela arte”.

Em todas as atividades serão seguidos protocolos de biossegurança. Para quem observa, o uso de máscaras deve ser obrigatório e deve ser evitada aglomeração, com orientação de distanciamento mínimo de 1,5 m entre os observadores.
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