Nesta sexta-feira (19), a partir das 15h, a atriz Ariana Carla performa “O que restou do barro silenciou a mulher na quarentena”, no YouTube e redes sociais. A atriz ficará coberta de barro até ser despida por gotas de água que vão caindo sobre a sua cabeça, enquanto são feitas narrativas carregadas de sentimento, histórias, mensagens e informações importantes à condição da mulher, frente aos abusos, seja no âmbito público e regulamentado, ou mesmo nos ambientes mais privados, como os das relações familiares e íntimas.
“A performance pretende colocar em evidência a reação necessária a esse silenciamento perpetrado em muitos momentos históricos no Brasil. Incluindo o momento presente de isolamento social, em que houve um aumento considerável nos casos de violência doméstica e abuso sexual nos últimos meses, desde o início da pandemia, revelando que para muitas mulheres o perigo está dentro de suas próprias casas”, contextualiza a atriz.
Além desta sexta-feira, a performance será transmitida também neste sábado (20), a partir das 15h, no canal do YouTube “Melhores em Quarentena”. A transmissão também acontece no Instagram e Facebook.
Com direção de Eliana Monteiro, uma das idealizadoras do “Mulheres em Quarentena”, o O projeto foi contemplado no edital MT Nascentes promovido pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), com recursos federais da Lei Aldir Blanc, e traz à tona resposta ao silêncio imposto às mulheres.
Além de Ariana e Eliana, também compõem o projeto Juciney Fernandes (produtor cultural), Italo Valle (responsável administrativo e financeiro), Lysabeth Reis (sonoplastia), Kimberly Cristy (cenografia e figurino) e a jornalista Beatriz Saturnino.
Trajetória
Ariana Carla é atriz, diretora, professora e pesquisadora voltada para iniciação teatral infantil. É graduada em Artes Cênicas pela Universidade de Estado de Mato Grosso (UNEMAT), pedagoga e faz parte da equipe da escola de teatro “Espaço InCasa”, atuando como professora de teatro, diretora, dramaturga e atriz.
No InCasa realizou os espetáculos “Mistérios de Tchapa e Cruz” (2016), “Geni” (2017), “Tragédia no CPA III”, “Almerinda e o Trono de Ferro” (2018) e “Escolinha da Almê” (2019), no teatro e na televisão.
Ela também trabalha como pedagoga e artista colaboradora no município de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, como técnica pedagógica do programa Escola em Templo Ampliado (ETA), onde os alunos do ensino fundamental, da rede pública, tem oficinas de teatro, dança, música e artesanato.
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