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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Temporada online traz obras da 'Salve Filmes', incluindo curta inédito

Foto: Divulgação

Temporada online traz obras da 'Salve Filmes', incluindo curta inédito
A Temporada de Filmes Online do Cine Teatro Cuiabá publicou, na última terça-feira (26), cinco obras do coletivo cuiabano de audiovisual ‘Salve Filmes’. Eles seguem disponíveis nas páginas do espaço, como forma de compartilhar cultura durante o distanciamento social necessário para evitar a disseminação do novo coronavírus (Covid-19).

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A ‘Salve Filmes’ foi fundada em 2017, por estudantes de Comunicação Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e é um coletivo que produz conteúdos audiovisuais independentes. Os organizadores, Ana Carolina de Mello, João Pedro Régis e Jorge Queiroz, iniciaram com reuniões semanais, que resultaram em experimentos audiovisuais, vídeos curtos e a produção do primeiro documentário independente da Salve Filmes, “Slam: rua e resistência”, premiado na 17ª Mostra de Audiovisual Universitário e Independente da América Latina (MAUAL 2018).
 
Com este documentário, o coletivo fez exibições em espaços públicos nas capitais Cuiabá, Campo Grande e Brasília. Logo depois, em 2019, é lançado o primeiro curta ficcional da Salve Filmes, “6 Dias Depois do Fim”, com uma equipe ampliada, agregando Carla Renck, Maria Clara Amorim, Bruno Taveira e Afonso Damasio, em parceria com os atores Caio Ribeiro, Jonathan Nery, Marcela Gaiotto e Douglas Perón. No mesmo período, “DOD”, registro de performance artística de Jhonatan Nery, foi premiado na modalidade experimental na MAUAL 2019.
 
O Coletivo também atende a demandas de produções audiovisuais como videoclipes, vídeo-artes, mini-documentários, teasers, entre outras modalidades audiovisuais. Desde 2018, outros integrantes juntaram-se à Salve Filmes, como Emília Top'Tiro,  Karine Queiroz e  Pedro Mutzemberg, que apresentou à Salve Filmes a artista Nay Quirino.  O primeiro videoclipe gravado pelo coletivo é a regravação, por Nay, da música “Alguém me avisou”, de Maria Bethânia,  lançado em março de 2019. No mesmo ano, Pedro Coelho também se junta ao coletivo com a produção de "Monotonia". Em 2020 o coletivo produziu “Travessia” e “Ânsia”, que estréia nessa Temporada de Filmes Online. Com o objetivo de produzir filmes independentes e fomentar a discussão entre os realizadores deste segmento, as reuniões do Coletivo Salve Filmes acontecem quinzenalmente, às sextas-feiras, sempre às 19 horas, para organizar os projetos e as datas de estudo coletivo, que consistem em trocas de conhecimento entre os integrantes.
 
Veja os filmes que são exibidos nesta semana:
 
Ânsia

 
No inédito “Ânsia” (João Pedro Regis, Direção, 2020, 8’, classificação indicativa 10 anos) Ana Carolina de Mello vive uma jovem que, de tanto correr, não consegue sair do lugar, o que nela produz sentimentos de melancolia, tensão e, principalmente, paranoia. O filme conta com a atuação e direção de arte de Ana Carolina de Mello, maquiagem e efeitos especiais de Emília Top'Tiro e  som direto de Bruno Taveira. Sinopse: “A ansiedade e o medo envenenam o corpo e o espírito” (George Bernard Shaw).
 
De acordo com João Pedro Regis, diretor do curta, a ideia de “Ânsia” surgiu de um estudo que ele fez acerca das representações dos estados paranoicos no audiovisual. Regis apresentou um esboço de roteiro para outras pessoas do coletivo e, a partir daí, decidiram produzir o curta. “Na etapa de montagem, ficou evidente que além de abordar o tema da paranóia, o curta também falava sobre minhas paranoias. Entendi que o curta representava uma parte de mim, que eu ainda não compreendia claramente. Assim fui percebendo como sou ansioso e como me sinto em situações de ansiedade. Então é um filme que passou por algumas transformações de sentido durante o processo. Penso se tratar, sob certo ângulo, de um espelho que revela algumas coisas que se passam em minha cabeça”, enfatiza Regis.
 
“Slam: rua e resistência” (Salve Filmes, 2018, 26’, classificação indicativa 10 anos)
 
É um documentário sobre o movimento cultural e social "Slam do Capim Xeroso", que acontece todo último sábado do mês, na Praça da Mandioca, em Cuiabá e invoca um espaço de liberdade para que poetas e diversos artistas possam se expressar e tratar de temas como machismo, racismo, preconceito e tudo que inquieta nossas vidas. O doc surge da compreensão de que o Slam é uma ferramenta de retomada do espaço público e por isso se faz necessário o registro do solo fértil para cultivo da liberdade de expressão. O curta foi eleito melhor documentário independente pelo júri oficial da 17ª Mostra de Audiovisual Universitário e Independente da América Latina – MAUAL 2018.
 
“6 Dias Depois do Fim” (João Pedro Regis & Jorge Luiz Queiroz, 2019, 17’, classificação indicativa: 12 anos)
 
Com a liberação e uso abusivo de agrotóxicos, um cenário conturbado política e ambientalmente vai se instaurando em Mato Grosso. Com isso, a população se sente desamparada e uma crise social é estabelecida. Em Cuiabá (MT), um grupo de jovens formado por Leo (Caio Ribeiro), Emílio (Jonathan Nery), Tamires (Marcella Gaioto) e Ítalo (Douglas Peron) tenta sobreviver às adversidades que virão, como fome e violência. No decorrer da narrativa surge uma questão a ser resolvida pelo grupo: o que se come quando há fome mas inexiste comida?
 
“Monotonia” (Holanda, João Pedro Regis & Pedro Coelho, 2019, 10’, classificação indicativa 12 anos)
 
É um curta experimental construído a partir da trilha sonora do músico Holanda, protagonista e um dos diretores do curta. Sinopses: Quando a solidão e as paranoias te dizem bom dia.
 
“Travessia” (Ana Carolina de Mello, 2020, 3’)
 

É um curta experimental concebido para o projeto Travessia, da Zweig (@szweig), grife que comunica design. Sinopse: "Me guio pelo pensamento de que a tempestade vem e a gente não pode se embrenhar. Para refletir sobre Travessia fiz um poema, uma canção, comecei uma montagem com fotos a partir de um desenho... Justo no dia final, uma tempestade me tocou. Para fazer a travessia é preciso soprar forte. O caos que vivemos hoje tem raízes profundas. Precisamos "derrubar os muros" que impedem que cada ser vivo tenha direito igual à terra, à fonte de nutrientes, fonte de saúde para soprar forte e não se embrenhar nas tempestades e sim, fazer delas um impulso para ir além" (Ana Carolina de Mello).
 
Cine Comentário Sonoro

 
Além da exibição dos filmes, os realizadores participam também da série ‘Cine Comentário Sonoro’, compartilhando memórias sobre o processo de realização dos curtas “6 dias depois do fim” e do inédito “Ânsia”. Os episódios podem ser acessados na página do Facebook do Cineclube Coxiponés (link Publicações) a partir das 19h de quinta, 28 de maio (para o episódio sobre “6 dias depois do fim”), e das 19h de sexta, 29 de maio (para o episódio sobre “Ânsia”). A série Cine Comentário Sonoro é uma parceria entre realizador@s, o Cineclube Coxiponés da UFMT e a Rede Cineclubista de Mato Grosso (REC-MT). Todos os episódios estão disponíveis no canal do YouTube do Cineclube Coxiponés.
 
Serviço
 

Temporada de Filmes Online, com compartilhamento de obras do coletivo audiovisual Salve Filmes (“Slam: rua e resistência”, “6 dias depois do fim”, “Monotonia”, “Travessia” e o inédito “Ânsia”).
Quando: A partir das 19h30 de terça-feira, 26 de maio de 2020.
Onde: facebook.com/cineteatrocuiaba (Link Publicações).
Classificação indicativa: a ser consultada
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