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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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casa Bakari

Construções indígenas em Mato Grosso são destaque em livro de arquitetura suíço

Construções indígenas em Mato Grosso são destaque em livro de arquitetura suíço
Um livro de arquitetura publicado pela editora suíça Birkhäuser traz diversos modelos de construções exemplares de todo o mundo. Dentre eles, está a casa Bakari, construção indígena presente em Mato Grosso. Arquitetura Vernacular - Atlas para Viver em Todo o Mundo (em tradução livre) foi publicado em inglês pela editora suíça Birkhäuser, que integra o hall de marcas da editora científica global De Gruyter, sediada em Berlim, Alemanha.

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O livro é formado por 32 capítulos sobre arquitetura vernacular na Europa, Ásia, Oceania, África e América, escritos por mais de 40 autores. Dentre eles, está o arquiteto e urbanista José Afonso Botura Portocarrero, que foi quem decidiu falar sobre a Bakari, a arquitetura da edificação e a tecnologia para construí-la.

O livro remonta a centenas de anos, e cita, por exemplo, a low german house ou casa baixa alemã, também conhecida como Fachhallenhaus, feita de madeira, combinando alojamentos e celeiro sob o mesmo teto, ou ainda a casa minka japonesa e as formas usuais das edificações encontradas no sul do Marrocos.

Portocarrero é professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Faet (Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia) e coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas Tecnologias Indígenas (Tecnoíndia), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
 
Ele também esteve, e está, à frente de diferentes projetos com a Fundação Uniselva, como a ampliação da Escola Sesc no Pantanal, em Poconé, a implantação da Usina Fotovoltaica, também no Sesc Pantanal, e a obra sustentável do imóvel número 1.060, na rua 13 de Junho, Centro Sul de Cuiabá, com 3 mil m2 de área construída, pertencente a Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S/A (Desenvolve MT).
 
O convite para integrar o livro veio de Christian Schittich, organizador. Portocarrero conta que escolheu como exemplo a casa Bakairi para resgatar a memória e produzir o primeiro registro imagético da habitação. "O Karl von den Steinen [expedicionário alemão que esteve no Xingu em 1884 e 1887] viu essa casa e morou nela alguns dias. Ele descreveu a casa Bakairi muito interessantemente, mas ela nunca mais foi vista, nem desenhada ou fotografada. Então, peguei a descrição dele e fiz uma aproximação, primeiro com os meus desenhos e depois com a arte final finalizada pelo José Maria Andrade. É uma casa grande, com cerca de oito metros de altura. Hoje, os Bakairi não fazem mais a casa nessas dimensões e com essa descrição", explica.
 
O livro está à venda AQUI.
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