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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Veterinária resgata e trata animais em situação extrema de maus tratos e abandono para serem adotados

Foto: Arquivo Pessoal

Veterinária resgata e trata animais em situação extrema de maus tratos e abandono para serem adotados
A médica veterinária Mariana de Rosa, formada há quatro anos pela Universidade de Cuiabá (Unic), atende animais doentes, em extrema situação de maus tratos e que foram abandonados sem receber o devido cuidado e amor que merecem, em sua clínica, em Rondonópolis (215 Km de Cuiabá). Após o tratamento os animais são disponibilizados para a adoção responsável. “São animais que não seriam resgatados por outras pessoas devido a situação crítica em que encontramos”, afirma a profissional, que arca com os custos dos tratamentos somente com a ajuda da equipe de funcionários e de pessoas próximas.
 
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Mariana contou ao Olhar Direto que quando fez residência no hospital veterinário da universidade, teve a chance de atender muitos animais que provavelmente não seriam adotados ou resgatados para tratamento e isso despertou nela a vontade de ajudá-los. “São animais extremamente sozinhos, que tiveram uma péssima experiência na vida com seres humanos e agora dependem da gente. Nós não temos condições de pegar todos os que a gente vê porque são muitos e cada vez mais aumenta o número de animais abandonados”, afirma.
 
Há cerca de dois anos, Mariana abriu uma clínica veterinária e pet shop e faz questão de dividir a agenda corrida dos atendimentos, para dar atenção e cuidado aos animais que precisam de atendimento, mas que ou estão abandonados ou os donos não tem condições de pagar pelo tratamento. “Nós ainda não temos condições de fazer os mesmos preços de um hospital escola, são muitos custos e alguns não dependem de nós, como os exames por exemplo, mas atendo com preços mais acessíveis para que as pessoas possam levar seus animais para atendimento. É uma clínica particular, e embora os preços não sejam tão baixos, ainda são menores que o padrão”, diz.
 
Mariana conta que o primeiro resgate que realizou após abrir a clínica foi da cadela “Jade”. “O primeiro resgate foi a Jade, ela chegou para nós com 17 quilos, era uma cadelinha que estava abandonada em um estacionamento de carretas e uma conhecida minha viu ela lá e me avisou. Tratamos ela e ela ficou linda, quando foi adotada ela estava com 32 quilos”, lembra.


 
Para a profissional, um dos maiores desafios é a questão financeira. “As pessoas não têm condições de tratar, por isso que vemos tantos animais na rua passando por essa situação e ninguém pega. Temos os chamados “avisadores”, que nos avisam que os animais estão em determinado local, mas não tem condições de pegar ou por questões financeiras ou por medo das responsabilidades”, afirma.
 
“O ferrugem foi uma mulher que mandou uma mensagem em um grupo que faço parte, dizendo que o animal estava abandonado em um bairro bem distante e quando eu vi a imagem daquele cachorro totalmente machucado eu senti que não podia deixar ele naquele situação. Eu sabia que ou ele tinha a gente ou ele não tinha nada, e eu optei por dar uma chance a ele, assim como alguns outros que aparecem também. Ele chegou com 11 Kg e já está com 15 Kg e é um animal extremamente saudável e dócil. Ele era medroso e mudou completamente o olhar dele e o jeito de ser”, lembra.
 
Ferrugem
 
Hoje somente o Ferrugem está disponível e apto para um novo lar. A médica afirma que enquanto não ver que o animal está completamente curado, ela não coloca para adoção. “Eu não deixo adotar os animais que ainda não estão completamente sadios, porque se ele tiver alguma recaída, normalmente as pessoas acabam deixando o animal de lado, deixam de acompanhar e tratar a doença. Já vi muitos casos que pioraram e acabaram sendo abandonados. Eu só deixo serem adotados também por pessoas que me passem confiança e me comprovem que vão cuidar dele”, conclui.

Para adotar um dos animais tratados pela clínica, é preciso se responsabilizar por ele, vacinar corretamente, dar o vermífugo sempre que possível, além de dar atenção e amor, que é o que esses animais mais precisam.



A clínica conta a ajuda de algumas pessoas, entre elas, a médica veterinária, Dra. Gizele e os estagiários Vitor Rodrigues e Luana Conde, que ajudam com rações, vitaminas, medicações e ajuda financeira para os exames, porque como são procedimentos terceirizados, é preciso arcar com esses custos.

Para quem quiser e puder ajudar com a causa, pode entrar em contato com a Mariana através dos números (66) 3426-0801 ou (66) 99657-0801.
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