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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Arquitetura

Legado do artista Athos Bulcão consolida Brasília como museu a céu aberto

Legado do artista Athos Bulcão consolida Brasília como museu a céu aberto
Apesar de Brasília ser conhecida internacionalmente como a cidade criada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e o urbanista Lúcio Costa, parte considerável desta fama se deve ao talento do artista plástico Athos Bulcão, falecido em 2008, mas que deixou um legado muito importante para a consolidação da Capital Federal como um museu a céu aberto.

Foi com o uso de azulejos que Bulcão deu notoriedade à sua criatividade. Suas obras podem ser vistas em qualquer parte da cidade: Congresso Nacional, Igrejinha das quadras 307/308 Sul, Aeroporto Internacional, Catedral, Torre de TV, Palácio do Itamaraty, Setor Militar Urbano e até em uma revenda automotiva, a Disbrave da 503 Norte.
Os famosos azulejos também embelezam locais como Instituto Interlegis/Senado Federal, Instituto de Artes da UnB, Brasília Palace Hotel, Sala Martins Penna, Hospital Sarah Kubistchek, Parque da Cidade, Câmara Legislativa do DF, Escola Classe da 316 Sul, Sauna do Clube do Congresso, hall de entrada do Instituto Rio Branco e Mercado das Flores, na Asa Sul.

Neste ano, uma mostra com 18 painéis de Athos Bulcão presenteou os moradores do Distrito Federal com uma exposição no Boulevard Shopping em homenagem aos 53 anos de fundação da Capital Federal, completados domigo (21.4). A exposição “Athos no Boulevard”, organizada pela Fundação Athos Bulcão, trouxe obras que embelezam diversos espaços públicos e institucionais que são cartões postais da cidade.

Quem foi

Athos Bulcão chegou a Brasília em 1958. Foi funcionário público, atuando no Serviço de Documentação do Ministério da Educação. Nascido em 2 de julho de 1918, residiu em Brasília até sua morte, aos 90 anos, em 31 de julho de 2008. Foi aluno de Medicina, curso que trocou pela pintura e pela dedicação às artes visuais. Foi assistente de Cândido Portinari, a quem auxiliou no Painel de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte. Viveu uns anos em Paris. Da França, se mudou para Brasília.

Além do serviço público, deu vazão ao seu talento realizando ilustrações e desenhos, e atuando também como artista gráfico. Como escultor e mosaiista, passou a colaborar com Oscar Niemeyer em 1955, integrando o esforço de construção de Brasília, a partir de 1957. Já na nova capital, ele fez parcerias com o arquiteto José Filgueiras Lima, o Lelé. Recebeu diversos prêmio e condecorações por sua contribuição à cultura.


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