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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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POR UM TRIZ

Festival de Cinema corre risco de não acontecer pelo segundo ano consecutivo

Foto: Lucas Bólico

Festival de Cinema corre risco de não acontecer pelo segundo ano consecutivo
O festival que volta os olhares de cineastas, produtores e artistas do Cinema Brasileiro para Mato Grosso corre o risco de não acontecer pelo segundo ano consecutivo. O impasse é o mesmo de 2012. O recurso no valor de R$ 80 mil foi aprovado por edital da Secretaria de Cultura em abril do ano passado, até hoje não chegou ao projeto. Resumindo: há quase um ano a organização espera receber o incentivo do Programa de Ação Cultural, o Proac.

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De acordo com um dos realizadores do festival, Luiz Borges, a esperança é a reunião com a secretária de Estado de Cultura (Sec), Janete Riva, marcada para a próxima terça-feira (23), em que talvez seja confirmado o repasse para a nova edição. “O agravante é que já no ano passado a Petrobrás adiou seu edital para acontecer neste, ou seja, ficamos sem mais este apoio”. Normalmente, o orçamento de R$ 500 mil era custeado em R$ 150 mil pela Petrobrás; R$ 80 mil pela Sec e o restante, pela iniciativa privada.

A interrupção do Festival gerou ainda o fim das atividades do Instituto Cultural América, o Inca, que organizava o evento e que idealizava ainda outros inúmeros projetos culturais. Muitos, voltados à inclusão social. Fora as projeções cinematográficas em teatro ou cinema, o Festival também promovia um circuito alternativo em escolas, presídios e hospitais. “A ação foi pioneira no Brasil, com direito a destaque do Jornal Nacional, à época, com Cid Moreira como âncora. O apresentador narrava as ações desenvolvidas em um presídio feminino, o Ana Maria do Couto”.

O Festival também foi palco de debates sobre as políticas culturais voltadas ao cinema. “Quem vê apenas as notícias das sessões não imagina a amplitude do projeto. Tanto por seu valor político, quanto social. Muitos cineastas brasileiros revelam grande indignação, pois o Festival era uma oportunidade que eles tinham de ser vistos no Estado. Afinal, o circuito comercial só exibe produções Globo Filmes”.

Então fica assim, se a organização do Festival não receber o incentivo, mais uma vez as produções do Cinema Brasileiro só poderão ser vistas pela plateia cuiabana em outros Estados, onde o poder público e a iniciativa privada tem se atinado para o valor da cultura, para a formação da plateia.
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