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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Artista cuiabana retrata cultura da mulher mato-grossense em Paris

Foto: Reprodução

Mariana com a obra Mama Gaia

Mariana com a obra Mama Gaia

Buscando entrar em contato com o próprio “eu”, a artista cuiabana Mariane Nobre, ainda criança, começou a desenhar em papel, e sem curso começou a desenvolver técnicas de forma autônoma. Já com 23 anos ela foi presenteada pela mãe e pelo esposo com telas, tintas, pincéis e um cavalete, e então começou a desenvolver suas obras de Óleo Sobre Tela. Há apenas um ano pintando, ela já expôs suas obras duas vezes em São Paulo, e em outubro deste ano, ao lado de outros 600 artistas, vai para Paris mostrar sua arte através da cultura mato-grossense e a força e beleza das mulheres no Museu do Louvre.

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Mariane conversou com o Olhar Conceito e contou como foi sua história com as artes desde o começo. “Eu comecei desde cedo a desenhar sem curso, apenas desenvolvendo técnicas de forma autônoma. Cresci rabiscando, sempre que tinha tempo criava algo, e sempre voltado à figura humana. O mais legal é que eu sempre percebia a evolução dos traços”.
 
Ela contou que o interessante em desenvolver as técnicas de forma autônoma é que poderia aprender com os próprios erros. “Eu particularmente acho isso muito prazeroso. A autocrítica unida ao empenho e à força de vontade podem trazer bons resultados, e é por isso que eu prossigo tentando aprender sempre”.
 
A artista conta que aprendeu a desenhar observando os traços do rosto das pessoas, e com o tempo foi aprendendo a própria forma de representar a figura humana no papel. Desde então, ela fez coleções de papeis que guarda até hoje. Mariana nunca pensou em desistir da arte, e seguiu as etapas naturais de aprendizado e descoberta.

“Todos esses anos desenhando em papel foram um período precioso de prática, e foi primordial para que eu passasse para uma nova fase muito almejada que era pintura em tela. E finalmente no mês de julho de 2016, no período de férias da faculdade, minha mãe e meu esposo, que sempre me incentivaram, me presentearam com telas, tintas, pinceis e um cavalete”, ressalta.
 
A primeira tela já havia sido idealizada ainda no colegial em um folha em branco de papel. Os traços de uma mulher africada da tribo Himba que segurava um carneiro saiu, então, do papel e foi para a tela. Com as pinceladas, a artista se descobriu novamente em um mundo completamente novo e colorido. “Pintei duas telas naquelas férias de julho e já no final do ano outras, sem imaginar que de forma tão rápida no ano que já estava chegando eu ia participar da minha primeira exposição coletiva”, conta.
 
As primeiras exposições
 
Em março deste ano, Mariane participou da primeira exposição chamada ‘Mulheres na Arte’. “Saí do chão de felicidade, pois eu havia acabado de iniciar minha doce aventura pela arte e já ia participar de uma exposição em São Paulo”, conta, alegre. Uma das telas representava uma mãe amamentando, que segundo a artista foi muito significante pelo fato de ser o mais puro vinculo de amor entre mãe e filho.
 
E não parou por aí. Em maio ela foi convidada para outra exposição coletiva, a “Alpha Square Mall Arte”. Ambas foram a convite da curadora Ângela Oliveira, que dá oportunidade para os artistas mostrarem suas obras nacional e interinamente.
 
Então chegaram as férias, e novamente a oportunidade de continuar pintando. Surpreendida outra vez, ela recebeu um convite da Kuklinski Art Office em parceria Ava Galleria para expor com mais 600 artistas em Paris, no Carrousel Du Louvre.
 
A exposição acontece em outubro, e as obras ficarão na Europa por 12 meses. Serão expostas quatro obras que remetem à cultura brasileira e regional, representando o pantanal mato-grossense. “É simplesmente uma emoção tamanha para mim, que tanto sonhava em ter reconhecimento pela arte e tudo aconteceu muito rápido e de forma inesperada.”
 
Uma das obras que será levada a Paris é a “Menina Pantaneira” que retrata toda doçura e beleza da mulher pantaneira com aves típicas da região. Outras obras que retratam os povos indígenas da Amazônia, trazendo o índio como símbolo da nacionalidade brasileira, também serão expostas, além de telas voltadas a preservação do meio ambiente como tema.

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