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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Terapia promove processo de auto-cura através da revivência de traumas de vidas passadas

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Krisana Lopes em sua sala de atendimento

Krisana Lopes em sua sala de atendimento

Dores, medos e traumas que parecem vir sem motivo algum e incomodam o dia-a-dia é o que a regressão e a terapia de vidas passadas busca solucionar. Mais conhecidos, dentro da terapia, como ‘Carmas’, estes sentimentos podem ser diluídos quando são revividos, explica a psicoterapeuta Krisana Lopes.

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Ela trabalha com regressão há mais de vinte anos, tem mais de 1500 horas de formação e estudou em São Paulo, Curitiba e até na Índia. O início se deu quando ela mesma procurava uma resposta: “Meu irmão faleceu muito cedo, de forma trágica, e eu decidi que queria entender porque algumas pessoas sofrem tanto. Inclinei-me a estudar de onde vem tantas perdas”, explicou a terapeuta em entrevista ao Olhar Conceito.

Foi com o mestre indiano Osho que ela encontrou uma resposta, a qual ela faz questão de pontuar que não é religiosa. “É diferente do espiritismo porque trata-se de uma terapia”. O método de Krisana para fazer com que a pessoa mergulhe em suas memórias é pela respiração – e não pela hipnose, como é muito comum.


Krisana Lopes (Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto)

A sessão demora cerca de duas horas, que englobam a regressão em si e uma conversa entre a terapeuta e o paciente. Segundo Krisana, a pessoa se deita e, pela respiração, é feita uma espécie de relaxamento. A partir daí, ela é estimulada a se lembrar do que fez naquela manhã, no dia anterior, no mês anterior e daí em diante. “Quando a pessoa chega ao útero é um momento muito delicado, porque qualquer imagem e sensação podem significar muito”, explica. “Quando menos a pessoa duvidar, é melhor. Depois do útero, ela entra nas vidas passadas”.

A psicoterapeuta explica, no entanto, que neste momento deve-se tomar cuidado para separar o que realmente são as lembranças de outras vidas da própria imaginação. “O principal é que as lembranças vêm de trás pra frente, e é bem mais difícil inventar assim. A pessoa se lembra primeiro de seus últimos momentos, de como foi a morte, depois de suas últimas lembranças e pedidos”.

Como o processo utilizado por Krisana é o da respiração, o paciente passa por tudo conscientemente – e sente todas as dores, desde as da morte até a de problemas vividos. E é ali, neste ‘reviver’, que ela pode encontrar a resposta para os problemas atuais. Um dos exemplos que a terapeuta dá é o de uma mulher que é muito ciumenta e não consegue confiar no marido. “Se ela faz a regressão e a terapia de vidas passadas e se lembra que foi trocada por outra em outra vida, por exemplo, ela entende que este problema não é dela, mas sim de quem ela foi no passado, e isso ajuda a se libertar”.

A possibilidade de se lembrar das outras vidas existe, segundo a terapeuta, porque apesar de nosso cérebro ter se desenvolvido junto com nosso corpo, a mente é a mesma, e existe junto ao espírito. Estas dores, medos e traumas estão na mente na parte das memórias psicológicas: “A memória psicológica é aquilo que quando você lembra, te faz mal. As memórias factuais são as que aconteceram, mas não deixaram seqüelas”, afirma.

Assim, é preciso reviver essas memórias para perdoar e dar um salto: “Quando você revive, queima o chip. A dor vai embora, a pessoa participa conscientemente do processo e isso te liberta. (...) A dor de entrar no problema pela segunda vez não é tão grande quanto da primeira. Às vezes, o medo de entrar nesta dor é maior do que ela mesma”, explica Krisana.

O número de sessões necessárias para a cura varia de pessoa para pessoa, já que ela pode ou não entrar na memória de seu ‘karma’ nas primeiras sessões. “Às vezes a pessoa quer entrar em vidas passadas, mas seu problema está em sua infância ou no útero e nem precisa passar para a próxima fase”, afirma, “Mas eu faço no máximo dez sessões. E de dez pessoas que fazem a regressão, três não conseguem entrar nas vidas passadas no início”.

Para Krisana, isso vem da dúvida e também da vontade de provar que isso não acontece. Se a pessoa não estiver disposta, ela não entra. “No final, de dez pessoas, uma não entra de maneira nenhuma. E isso pode acontecer por causa de um medo latente, de um pânico de mexer naquela memória, ou mesmo porque a pessoa não se dá a permissão de fazer isso”, finaliza.

Serviço

Krisana Lopes
Contatos: (65) 3055-1398 / (65) 8404-5840
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