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Colunas

A adversidade como aliada...

Isolda Risso

Um novo culto se desenvolveu em nossa sociedade moderna:
“o culto ao desempenho, ao êxito, ao lucro”.
 
Essa ideologia do sucesso nos obriga a ter vitórias em todos os terrenos, e os meios de comunicação veiculam o tempo todo imagens de “vencedores”, apresentando como modelos dignos de atenção. Aquele que não se encaixar dentro dos padrões vigentes do corpo social é considerado um fracassado.
 
A pressão que sofremos para sermos aprovados tem sequestrado a saúde emocional e física de uma fatia notável da sociedade contemporânea. O fracasso como é posto pelo grupo coletivo não é bem visto, logo, não é bem vivido.
 
Se não enxergarmos uma tentativa fracassada como algo a nos ensinar, facilmente o sentimento de incompetência, de menos valia se apossa de nós e nos intimidamos para ir ao encontro de novas conquistas.
 
Toda adversidade traz um aprendizado.
 
Paralisamos e de certa forma morremos para a vida.
 
O que nos é dito pela família, pela escola, pela sociedade, desde a infância, é que não temos direito ao fracasso. Ora veja, será que todas as ideias que comprovadamente deram certo, saíram do forno sem nenhum retoque? Foi sucesso logo de cara?
 
Será que todas as invenções funcionaram perfeitamente no primeiro ensaio?
Será que todo relacionamento feliz e saudável foi “somente” na primeira união? É óbvio que não, e se assim não aconteceu, as experiências anteriores podemos considera-las fracassadas, mas isso não significa que somos fracassados.
 
Existe uma diferença substancial entre um intento que fracassou de uma pessoa fracassada.
 
Fracassado é a pessoa que a maldade domina;
Fracassado é o egoísta que é incapaz de auxiliar o próximo;
Fracassado é o ganancioso que para alcançar seus objetivos, trapaça e atropela o direito do outro.
 
Naturalmente que ninguém gosta ou deseja ver um sonho não se concretizar, muito menos uma ruína, todavia o insucesso em algumas situações é inevitável, só não degusta um malogro quem gasta a vida não fazendo nada.

*Isolda Risso é Personal & Professional Coaching Executive, Xtreme Life Coaching, Neurociência no Processo de Coaching, Programação Neurolinguística (PNL) pedagoga por formação, cronista, retratista do cotidiano, empresária, Idealizadora do Café Com Afeto, mãe, aprendiz da vida, viajante no tempo, um Ser em permanente evolução. Uma de suas fontes prediletas é a Arte. Desde muito cedo Isolda busca nos livros e na Filosofia um meio de entender a si, como forma de poder sentir-se mais à vontade na própria pele. Ela acredita que o Ser humano traz amarras milenares nas células e só por meio do conhecimento, iniciando pelo autoconhecimento
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