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Colunas

Olhos vermelhos podem indicar presença de doenças

Movimento Saúde Unimed Cuiabá

Oftalmologista alerta para o perigo da automedicação

Você acorda de manhã e depara no espelho com vermelhidão nos olhos? Saiba que nem sempre é sintoma de conjuntivite. Entretanto, esse sinal pode indicar outras doenças que afetam os olhos. A maioria das patologias oculares graves ou brandas começa com o aparecimento da hiperemia ocular ou olhos vermelhos, inclusive a alergia ocular. Nesses casos, é importante procurar um oftalmologista que vai fazer uma avaliação especializada e orientação habilitada ao paciente.

O olho vermelho é um sinal de várias doenças nos olhos. São inúmeras as causas do olho vermelho, ou seja, diferentes doenças podem causar a hiperemia ocular, como a conjuntivite bacteriana, conjuntivites alérgicas, conjuntivites virais, olho seco, uso abusivo de lentes de contato, presença de corpo estranho na córnea ou na conjuntiva tarsal, uveítes, hemorragias sub conjuntivais, esclerites, úlceras de córnea, herpes ocular, úlcera fúngica, fechamento angular primário agudo (antes denominado glaucoma agudo), aumento da pressão intraocular, uso de drogas, pterígio (espessamento da conjuntiva), entre outros.

Sintomas

A médica oftalmologista e cooperada da Unimed Cuiabá Márcia Maria de Azevedo Souza explica que os sintomas dependem da patologia que desencadeou a hiperemia ocular, como por exemplo, a conjuntivite bacteriana ou úlcera de córnea bacteriana, que inicia com secreção purulenta, dor ou ardência nos olhos e sensação de corpo estranho. As esclerites caracterizam-se por dor ocular. Já a uveíte em estágios não iniciais caracteriza-se pela visão embaçada. O fechamento angular primário agudo confere muita dor e dilatação das pupilas. O sintoma mais comum das alergias é o prurido ocular. “Além dos olhos vermelhos, usualmente existem outros sinais e sintomas que nos guiam para o diagnóstico correto”, afirma Márcia.

Vale lembrar que as doenças infecciosas são muito contagiosas e podem ser transmitidas por meio de uma pessoa infectada que manipula seus olhos sem lavar as mãos. Outras formas de transmissão são por toalhas ou indiretamente por meio de instrumentos e superfícies contaminadas.

Cuidados com os olhos


Evite manipular os olhos, sobretudo com as mãos sujas. Evite uso de medicamentos sem uma consulta prévia. Quando for usuário de lentes de contato, deve-se obedecer as orientações dadas pelo médico oftalmologista, tanto no sentido da assepsia das lentes, como no prazo de validade, ou seja, do descarte em caso de lentes descartáveis.

Nunca usar medicamentos nos olhos que não forem específicos de uso oftalmológico, conhecer a sua patologia, usar corretamente os medicamentos prescritos e lubrificar adequadamente os olhos quando há uso excessivo do computador. Deve-se cuidar de patologias sistêmicas como artrites, diabetes e hipertensão arterial. E também visitar regularmente o oftalmologista, respeitar os cuidados pós-operatórios e evitar a automedicação.

Márcia Souza enfatiza que o perigo da automedicação para a visão é grande. “A automedicação é perigosa em qualquer patologia, pois os tratamentos são absolutamente específicos para cada uma delas”, reforça. Em alguns casos, colírios utilizados e não prescritos pelo oftalmologista podem causar novas doenças, mascarar os sintomas da patologia ou até mesmo, piorar consideravelmente o quadro inicial, fazendo com que o incômodo do paciente persista. Um exemplo é medicar uma uveíte como conjuntivite e retardar o tratamento correto da doença com o risco de perder a visão. Por isso é importante, sempre, procurar um especialista.

O tratamento da hiperemia ocular é feito de forma individualizada, dependendo primeiramente de um diagnóstico preciso e a partir disso decidir a conduta a ser tomada, seja ela clínica ou cirúrgica.
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