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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​Maio, Mãe, Mato Grosso, Marechal

Mãe um útero, aconchego... Mas eis que chega o dia de nascer, de vir a ser. Muitos são os lugares do planeta onde os seres podem ver ou sentir a luz pela primeira vez. Muitos, porém, como eu, tiveram a alegria de respirar pela primeira vez e sentir o cheiro das matas, o perfume das flores e serem banhados nas águas  pantaneiras... . Maio. Mês de louvar as Mães, e também reverenciarmos o grande celeiro do Centro Oeste brasileiro outrora batizado de Mato Grosso. 

E foi nessa terra num certo mês de maio, que uma mãe faria vir ao mundo em terras pantaneiras nosso eterno marechal Rondon. Portanto o mês de maio traz consigo três datas importantes irmanadas para o bem das terras dos Paiaguás: o dia 05 do grande Marechal Rondon, o dia 09 de maio dedicado à Mato Grosso e o dia 12 para nossas rainhas mães. Destas , limito-me nesse texto a agradecer pela Luz, visto que sábios, poetas, trovadores, já as reverenciaram em trovas, versos e canções. 

Assim, reservo-me aqui a oportunidade de, antes de falar sobre o grande e ilustre cidadão das terras do Mimoso, lembrar dos versos do Hino à Bandeira de Mato Grosso, do nosso Prof. Abel Santos que diz: “Uma radiante estrela exalta o céu anil. Fulgura na imensidão do meu Brasil. Constelação de Áurea Cultura e glórias mil, do bravo e heroico bandeirante varonil (...) Belo pendão que ostenta o Branco da pureza, losango, lar da paz e feminil grandeza...”. Sim. Nosso Hino à bandeira de Mato Grosso reverencia nossos heróis do passado e a grandiosidade das mulheres mães que também de forma heróica ao lado de seus bravos, construíram para nós um “...Mato Grosso emoldurado de belezas” como o hino diz.

E assim chego ao motivo primaz das minhas palavras: o Piguara, o Senhor do Caminho, o para sempre eterno Marechal Rondon. No dizer dos índios, Piguara é o termo que designa alguém que em meio à selva ou mata fechada, sabe qual o caminho melhor a seguir, conduzindo a todos para o destino certo. Na atualidade, muitos de nós se estivermos perdidos na mata, talvez tenhamos dificuldade para encontrar um rumo certo e principalmente o caminho das águas. Daí o nosso grande Marechal ser reverenciado como Piguara por seus irmãos índios. E de suas andanças a instalar os postes telegráficos que uniram o Brasil, surge-nos a integração por eles sonhada. Então não percamos tempo visto que quem passa somos nós. Que aproveitemos nossa vida e que nossos jovens possam daqui à eternidade, seguir o exemplo de nossos antepassados e, como bandeirantes do presente, possam deixar belas obras e grandiosos exemplos para dignificar suas Mães, seguindo o exemplo de vida e os passos de Rondon para que possam engrandecer cada vez mais o nosso grandioso Mato Grosso. 

O futuro dirá...

*Raul Fortes é ​músico-educador, regente, cantor e percussionista e integrante dos grupos "O samba, a bossa e as novas', 'Camerata Jazz', 'Mesa pra 6', 'Quinteto Camerata' e 'Orquestra de rua'. 

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