Olhar Conceito

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Colunas

Bisbilhotando na rede...

Arquivo Pessoal

Se eu negar que às vezes perco algumas horas só para ficar olhando os perfis no facebook e instagram , seria muito cara de pau. Olho, olho sim!

As redes sociais, definitivamente, ganharam espaço na nossa vida, seja por diversão ou motivos profissionais, o fato é: quase todo mundo perambula pela rede.

A internet trouxe o universo para dentro das nossas casas e leva nossas casas e intimidades para o mundo.

Já fui mais radical quanto a essa exposição, mas hoje entendo que dividir comedidamente pequenas intimidades aproxima mais as pessoas, desde que saibamos até onde devemos ir com essa exposição.

O advento da internet, além de nos proporcionar uma comunicação rápida e eficiente, ajuda entre tantas outras coisas, a encontrar e reencontrar amigos espalhados ao redor do mundo, aproximar famílias, descobrir talentos, ter oportunidades de trabalho e por ai vai.
Embora nada seja perfeito, e em quase tudo contenham dois lados, sem sombra de dúvida os benefícios da tecnologia são imensamente maiores que o contrário.

Mas, o que me intriga é o comportamento que algumas pessoas tem nas redes sociais.
Sinceramente? Fico bege, sinto vergonha alheia quando vejo pessoas se portando de forma bizarra nas redes sociais, se eu não visse com esses olhos que a terra há de comer, não acreditaria.

Fico pensando: “Tudo bem que uma página de facebook ou instagram é quase a sala de casa, sala que recebemos os amigos, batemos longos papos e abraçados com baco, às vezes cometemos alguns deslizes, mas é imprescindível uma análise criteriosa do que se deve ou não expor ao mundo.

Também me inquieto ao ver pessoas fazendo comentários grotescos na página alheia e muitas vezes acompanhado com a seguinte frase: “Pronto, falei”!.
Legal que falou, às vezes precisamos mesmo desabafar, mas fale na sua página, não vá na página do outro espezinhar , ofender, afrontar, o que o outro pensa e acredita. Isso se chama falta de educação e respeito.

E as fotos ?
Me deparo com algumas que se a pessoa tivesse um mínimo, mas um mínimo de noção não postaria.... Tem imagens que é o atestado explícito de exibicionismo e idiotice.
A pessoa adquire um mimo, fotografa-se com o mimo e joga na rede, lembrando que o mimo na maioria das vezes não está ao alcance dos mortais.

A mensagem que o dito(a) cujo(a) dever querer passar é : sou poderoso(a) e a mensagem da imagem que tem vida própria revela: sou um vaidoso(a) sou um inseguro(a) sou um(a) exibicionista, meu ego é maior que eu.

Ego todos temos, deixá-lo imperar vai de cada um.
Vou falar uma coisa que vai parecer inveja, eu te asseguro que não é, tenho minhas invejinhas sim, mas não nesse campo.
E as bonitas desfilando o corpinho de biquíni ?
Entendo que o bonito deve ser admirado, e desde que não sejam por razões profissionais, mas será que facebook é lugar?
Há de se pensar...

E as boas obras ? Vamos a elas...
Evidentemente que há situações que mostrar seu trabalho humanitário, dar exemplo contribui e muito para o bom desempenho de uma obra assistencial, principalmente para quem é formador de opinião, o povo gosta, raramente segue o exemplo, normalmente fica só no bater palmas mesmo, beleza... Mas cá entre nós, ficar propagando aos quatro ventos, ai já é demais, né? Pensa que convence quem ?
Minha memória não é confiável, mas se ela não esta me traindo acho que Jesus lá atrás aconselhou: fazer o bem sem ostentação há grande mérito. Ainda mais meritório é ocultar a mão de quem faz.
A pergunta que não quer calar é: “está fazendo a obra para quem” ?
Fez pelo seu apreço à humanidade ou para sentir-se aceito e aprovado ?

Se foi a segunda opção, meu amigo(a), sua obra pode valer para uns poucos, como crédito para si mesmo, vale muito pouco.

E as imagens que chocam ? Gente morta, estropiada, vídeos de linchamento e por ai vai.
Qual será o objetivo dessas pessoas que compartilham cenas de horror?
Horrorizar ? Só pode ser.

Mas porque foi mesmo que entrei nesse assunto ?
Cruzes... Não me lembro, mas quer saber...

--

*Isolda Risso é pedagoga por formação, coach, cronista, retratista do cotidiano, empresária, mãe, aprendiz da vida, viajante no tempo, um Ser em permanente evolução. Uma de suas fontes prediletas é a Arte. Desde muito cedo Isolda busca nos livros e na Filosofia um meio de entender a si, como forma de poder sentir-se mais à vontade na própria pele. Ela acredita que o Ser humano traz amarras milenares nas células e só por meio do conhecimento, iniciando pelo autoconhecimento, é possível transformar as amarras em andorinhas libertadoras.

Comentários no Facebook

Sitevip Internet