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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Cineclube Coxiponés

Livro e podcast reúnem memória do audiovisual mato-grossense e celebram história do Cinema Circulante

Foto: Reprodução

Livro e podcast reúnem memória do audiovisual mato-grossense e celebram história do Cinema Circulante
O Cineclube Coxiponés da UFMT lançou durante a 22º Mostra de Audiovisual Universitário e Independente da América Latina (Maual), o segundo volume do livro "Cinema e Audiovisual em Mato Grosso" e o novo episódio do podcast "Além da Memória". Obras que refletem sobre produções e celebram iniciativas como o projeto Cinema Circulante, em novo volume e episódio, respectivamente.

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O livro é uma iniciativa do Cineclube Coxiponés da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) que, em 2023, comemora 46 anos de fundação. A obra reúne artigos, relatos de experiência, análises, críticas e entrevistas de pesquisadores, realizadores e coletivos que apresentam um panorama histórico e contemporâneo da produção cinematográfica e audiovisual no estado. 

O segundo volume já está disponível gratuitamente no formato ebook pelo site da Editora Paruna. Nele, os organizadores Aline Wendpap Nunes de Siqueira, Diego Baraldi de Lima, Gilson Moraes da Costa e Letícia Xavier de Lemos Capanema reafirmam o propósito de fomentar o reconhecimento de iniciativas realizadas no território, e contribuir para a história e memória de realizadores, entusiastas e profissionais, suas obras, experiências e afetações. 

"A maturidade alcançada pelo cinema mato-grossense nas últimas décadas, além de impressionar, é um fato do qual devemos nos orgulhar. A diversidade de narrativas, de propostas estéticas, de temáticas e de formatos atesta, ao nosso Estado, um lugar de reconhecimento na cena cinematográfica nacional", destaca o texto de apresentação do segundo volume de "Cinema e Audiovisual em Mato Grosso". 

O episódio especial da segunda temporada de "Além da Memória" também está disponível no Spotify. Nele, os cineclubistas veteranos Clóvis Matos, o papai noel pantaneiro, e Epaminondas de Carvalho, mais conhecido como Epa, contam a história do mais antigo projeto do Cineclube Coxiponés, o "Cinema Circulante".

"Eles tinham uma Brasília velha, um projetor e um sonho: levar cinema de qualidade para todos os lugares, possíveis e impossíveis", relata a apresentadora Letícia Markmann. O episódio também conta com a participação de Elton Martins, criador do coletivo MT Queer.

O podcast "Além da Memória" é resultado de um trabalho de conclusão de curso da realizadora Letícia Markmann, que revisita a história do Cineclube Coxiponés. Os quatro primeiros episódios trazem relatos de Marília Beatriz, Epaminondas de Carvalho, Clóvis Matos, Benedito Maia, Moacir Barros e Letícia Capanema sobre cineclubismo, cultura e resistência em Mato Grosso. 

Cinema Circulante e homenagem na 22ª MAUAL

A primeira temporada do podcast "Além da Memória" também apresenta episódio sobre a criação da gloriosa Mostra de Audiovisual Universitário e Independente da América Latina (MAUAL), realizada ininterruptamente há 22 anos pelo cineclube da UFMT. Na edição deste ano, que ocorreu de 27 de setembro a 1º de outubro, o Cinema Circulante também foi lembrado em homenagem ao pioneirismo de Clóvis e Epaminondas.

"2023 é um ano de marcas históricas para o Coxiponés. Uma das mais importantes é o recorde de inscrições da nossa querida MAUAL, com mais de 300 curtas-metragens inscritos, número que consolida nossa Mostra, colocando-a definitivamente no circuito de festivais de cinema universitário e independente. Para nós, celebrar essa marca implica em reafirmar a fé em nosso trabalho e no de tantas pessoas que por aqui passaram, que acreditaram na continuidade e no espírito da proposta", afirmam os produtores culturais Luzo Reis e Thelma Saddi. 

Nos idos de 1970 e 1980, dois estudantes universitários, Clóvis e Epaminondas, à época bolsistas do Cineclube Coxiponés, decidiram levar cinema a zonas rurais, bairros e comunidades periféricas de Cuiabá e região, com recursos próprios e apoios na universidade. Começava ali o "Cinema Itinerante", projeto cineclubista que se transformaria em "Cinema Circulante" nos anos 2000.

Apesar do novo nome e da maior abrangência que ganhou, o propósito nunca mudou e o Cinema Circulante continua sendo um dos projetos de extensão mais importantes do Coxiponés. Com a proposta de fazer circular filmes menos privilegiados nos circuitos distribuidores comerciais e, ao mesmo tempo, possibilitar o acesso a públicos restritos do acesso a bens culturais. Chegou a receber menções e prêmios a nível nacional. 

"Com essa homenagem na MAUAL, buscamos eternizar o nosso respeito, admiração e carinho, enfatizando, mais uma vez, a importância desse projeto que alcançou mais de 200 mil pessoas não só no Mato Grosso, chegando também a estados do Norte e Nordeste do Brasil. O pontapé inicial foi dado pelos nossos veteranos Clóvis e Epaminondas, mas o Circulante não pode parar! Continuaremos na missão de democratização do audiovisual".
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