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Terça-feira, 19 de março de 2024

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Mostra Etnomídia Indígena exibe oito trabalhos audiovisuais ao longo da semana; veja programação

Foto: Reprodução

Mostra Etnomídia Indígena exibe oito trabalhos audiovisuais ao longo da semana; veja programação
A 2ª Mostra Etnomídia Indígena exibe oito trabalhos audiovisuais ao longo da primeira semana de março. Entre as produções, há “Ex-Pajé”, com acesso limitado de público, documentário LGBTQI e muito mais.

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Todas as produções estarão disponíveis sem limite de público, com exceção do filme “Ex-Pajé”, que será exibido em cabine fechada. Serão disponibilizados apenas 100 acessos ao filme e os interessados precisam fazer uma inscrição. Os 100 primeiros receberão  um link com senha na terça-feira (2) para poder assistir.

A programação se inicia nesta segunda-feira (1º), com o videoclipe do jovem indígena Matsy Waurá, que pertence ao povo Kayapó e Waura. "A Mostra vai me ajudar bastante no meu trabalho, a dar continuidade. Essa oportunidade que vocês me deram está me dando um incentivo muito grande e estou no gás, só tenho a agradecer a equipe e todos que estão envolvidos. Gratidão mesmo", disse o jovem.

Uma das obras selecionadas é “Kaapora - O Chamado das Matas”, de Olinda Muniz Tupinambá, que começa a exibição nesta terça-feira. A narrativa mostra a ligação dos Povos Indígenas com a Terra e sua Espiritualidade, do ponto de vista de Olinda, que desenvolve projeto de recuperação ambiental nas terras de seu povo. Tendo a cosmovisão indígena como lente, a Kaapora e outros personagens espirituais são a linha central da narrativa e argumento do filme.

O documentário “Mandayaki e Takino”, registro feito por um casal de seus filhos pequenos, também está confirmado para a próxima quarta-feira (3). O casal Yariato e Dadiwa produzem, sem pretensão, uma micro etnografia de um momento da vida doméstica em uma aldeia yudjá, na Terra Indígena Xingu, no Mato Grosso.

Outra obra que não poderia ficar de fora é o documentário mato-grossense do jovem Rafael Irineu, que conta a história de Majur, porta-voz indígena LGBTQI do povo Bororo-Boe, da região de Rondonópolis. O filme será exibido na quinta-feira (4).

Também na quinta, o público também irá conferir o documentário mato-grossense “Tecendo Nossos Caminhos”, que mostra seis anciãos do povo Manoki da Amazônia brasileira que ainda falam o idioma indígena. O filme evidencia um risco iminente de perderem essa importante dimensão de seus modos de existência.

O longa "Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa!", de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero, também não ficou de fora e sua exibição acontece na próxima sexta-feira (05). O trabalho audiovisual descreve a invasão dos colonizadores, a destruição das árvores, dos rios e o extermínio de aldeias completas.

Para finalizar com chave de ouro, a Mostra exibe o documentário “GRIN”, que traz relatos das violências sofridas por indígenas durante a ditadura militar, e será transmitido no dia 6 de março. 

Influencers

Durante a semana do evento, estão previstos debates sobre etnomídia indígena e das entidades virtualizadas, com a presença de influencers de Mato Grosso e outros estados brasileiros. Entre os confirmados, há o jovem Cristina Wairu, que possui mais de 20 mil seguidores, o líder Ailton Krenak, a escritora Eliane Potiguara e a ativista Watatakalu Yawalapiti do Parque Nacional do Xingu.

Nos bastidores, 70% das pessoas envolvidas na realização do evento são indígenas. Para Naine Terena, que coordena o evento, isso aumenta a visibilidade da atuação dos mesmos em produção cultural e também contribui para a discussão acerca do mercado de trabalho para profissionais de comunidades tradicionais.
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