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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Com R$500 no bolso, gaúcha começa a vender hot dog e sonha em abrir cafeteria em Cuiabá

Foto: Olhar Conceito

Com R$500 no bolso, gaúcha começa a vender hot dog e sonha em abrir cafeteria em Cuiabá
A gaúcha Edna Paula Souza Lima tem 42 anos. Já foi locutora, vendedora de cartela, e nos últimos anos aprendeu a fazer doces e cestas de café da manhã com a esposa de seu pai, uma artista plástica. Em Cuiabá há um mês, ela conseguiu R$500 emprestado com um irmão e, com apoio de amigos – principalmente da dona da kit net onde mora – e começou a vender cachorro quente em frente de casa. Seu sonho mesmo, no entanto, é abrir uma cafeteria onde possa vender seus doces gourmet, além dos lanches e bebidas.

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“Eu morei há onze anos aqui, aí eu fui embora, fiquei dois anos e meio fora, e agora retornei há um mês”, contou ao Olhar Conceito. “Voltei porque lá não tinha emprego, e onde eu estava o custo de vida é bem mais caro. Como eu já tinha morado aqui antes, e sempre trabalhei, voltei pra cá”.

Antes de voltar para Mato Grosso, Edna vivia na grande Porto Alegre, e também passou por Santa Catarina, onde morava com a madrinha. “[Lá se] ganha muito pouco e os alugueis são muito caros. Eu fiquei em Santa Catarina durante a temporada, mas quando termina a temporada, termina emprego”.

Sem perspectivas, ela decidiu voltar para Cuiabá, e conversou com um amigo, que mora em um dos quartos de dona Odete Borges. A dona guardou uma das kit nets,  e Edna embarcou só com a mala e o filho Pedro, de quatro anos. “Chegando aqui conversei com ela, e é ela quem está me ajudando. Me emprestou colchão, fogão, tudo”, comemora a gaúcha.

Já na capital, ela começou a fazer faxina para conseguir pagar o aluguel e se manter. Foi numa dessas limpezas que uma amiga lhe deu a ideia de começar a vender cachorro quente, com a carrocinha de outra amiga, que estava parada. “Eu falei: ‘Ah, amiga, vou colocar onde? Não tenho ponto’... e ela falou: coloca na frente da sua casa”, lembra.

Dona Odete apoiou a ideia, mas quando Edna foi conversar com a dona da carrocinha, ela já não estava mais disponível. Foi aí que um irmão dela, por parte de pai, falou que iria dar os R$500 necessários para começar o negócio de presente para Pedro, seu sobrinho (filho de Edna).



“Eu vim correndo, contei pra Dona Odete, e ela falou: nós vamos achar uma carrocinha e ainda vai sobrar dinheiro pra você começar! Ela falou pra eu procurar no OLX, procuramos e achamos no mesmo dia. E estava R$400”.

A gaúcha pediu desconto, e conseguiu comprar a carrocinha por R$300. Com os R$200 que sobraram, ela investiu nos ingredientes do cachorro quente, e há duas semanas começou a vendê-los no bairro do Porto. Com ajuda de outro amigo, adquiriu uma máquina de cartão, o que melhorou ainda mais as vendas.

Agora, Edna pretende investir e vender também doces pelo menos uma vez na semana, às quintas-feiras. “Como eu faço os doces, eu pedi pro meu amigo fazer a faixa ‘hot dog e doces gourmet’, e vou vender os potinhos, as barquinhas, tacinhas (...) Tenho uma cascata... quero fazer a noite da cascata com a fruta no palito”.

Os sonhos são muitos. Para o futuro, Edna pensa em abrir um espaço só seu, com lanches, doces e cafés. Por enquanto, nesta quinta-feira (28), quer preparar uma receita que viu na praia: morangos com chantilly ou chocolate.

Serviço

O hot dog funciona todos os dias, das 17h às 22h
Endereço: Rua Feliciano Galdino, 438 – Porto (Esquina com a Joaquim Murtinho)
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