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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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16ª edição

Em ano eleitoral, Parada LGBT de Cuiabá terá tema político: nosso voto, nossa voz

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Parada 2017

Parada 2017

A 16ª edição da Parada LGBT foi lançada na noite da última quarta-feira (1) no Cine Teatro de Cuiabá. Com o tema “Viver e um ano político: nosso voto, nossa voz”, o evento acontece no próximo dia 22 de setembro, sábado, com concentração às 14h na Praça Ipiranga e finalização na Orla do Porto.

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Segundo Daniel Vitor, coordenador geral da Parada, a escolha do tema foi uma unanimidade, tanto pela organização, quanto pelos participantes. “Como é um ano eleitoral, a gente quis mostrar uma forma de empoderamento do movimento LGBT, já que a gente tem muitas pautas, e muitas delas não são atendidas”.

A ideia do tema é, em um ano de eleição, mostrar aos candidatos – e também aos políticos que estão no poder – que a população LGBT tem voto e voz. Uma das principais pautas do movimento hoje é a criação de um Conselho Estadual LGBT. “A gente quer entregar esse projeto pra todos os candidatos - principalmente a governo, que representam nosso estado - pra gente ver se futuramente eleito, quem for eleito, nossa pauta seja atendida”.

Apesar do tema político, a organização garante que não há nenhum direcionamento partidário. “A parada não tem apoio político, a gente não tem tendência a nenhum partido, a nenhum candidato. O que a gente quer é agregar cada vez mais, seja deputados federais, estaduais, eleitos ou não, já em exercício ou não, porque a gente quer levar a nossa pauta, a gente tem um projeto político também”.

Em uma perspectiva além da eleição, a afirmação de que ‘viver é uma ato político’ também respalda o tema. “Mato Grosso é o estado que mais mata LGBTs, e pra gente isso é muito preocupante. Cada dia a gente vê uma notícia que um LGBT é assassinado, que uma lésbica é expulsa de um local porque é lésbica, que um gay é proibido de fazer algo porque é gay, então aqui em Mato Grosso as coisas retrocedem muito. Quando a gente acha que vai avançar, retrocede mais ainda. [E] Cada dia que o LGBT vive, sai fora de casa, ele já está fazendo seu ato político, e quanto o LGBT tem uma conquista, forma na universidade, ela está tendo um ato político”, explica o coordenador.

Por toda essa conjuntura, uma travesti, Ariane Cury, foi escolhida como rainha da Parada neste ano. “A gente escolheu por ser uma travesti, uma pessoa que não era inserida na sociedade, não estudou muito e vive na rua. Ela é garota de programa, teve isso como oportunidade da vida dela. Pra gente é importante passar esse recado de que o LGBT tem que ocupar os espaços, seja qual for ele. Seja no Cine Teatro, na rua, em uma loja, seja na Prefeitura, no governo. A gente tem espaço e precisa ocupar”, finaliza.

Serviço

16ª Parada LGBT
Data: 22 de setembro
Horário: 14h (Concentração na Praça Ipiranga)
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