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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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no Metade Cheio

Escritora cuiabana discute a ‘Jornada da Heroína’ no cinema e na literatura

Foto: Arquivo Pessoal

Stéfanie Medeiros

Stéfanie Medeiros

A escritora e roteirista cuiabana Stéfanie Medeiros, que atualmente vive em Porto Alegre (RS), vem a Cuiabá no próximo sábado (21) e promove um bate papo sobre a ‘Jornada da Heroína’- seu objeto de estudo no mestrado - no bar-bistrô ‘Metade Cheio’. A participação é gratuita.

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Stéfanie é autora do romance “O último verso” (Carlini & Caniato Editorial, 2016), vencedor do Prêmio Mato Grosso de Literatura. É também de sua autoria os roteiros do episódio piloto da série “Tem que ser agora” (pós-produção) e do longa-metragem de ficção “O anel de Eva”, ambos produzido pela Latitude Filmes e dirigido por Duflair Barradas. Atualmente, é mestranda em Escrita Criativa na Puc do Rio Grande do Sul.
 
“Lá na Escrita Criativa funciona assim: o aluno entrega um produto prático (romance, poesia, peça, roteiro, etc) e um teórico (ensaio ou diário de criação). No começo, a minha ideia era desenvolver um segundo romance, mas ao longo do caminho optei por fazer um roteiro na parte prática. Como em audiovisual a discussão sobre a jornada do herói é muito frequente, acabei me interessando (principalmente por ser uma pesquisa muito útil no desenvolvimento da trama). Disso, conheci a jornada da heroína, que busca delinear uma estrutura narrativa pensando nas especificidades de uma protagonista mulher, o que me interessava mais ainda. Depois de ler sobre o assunto, eu não tinha mais dúvidas que era essa parte teórica que atendia aos meus desejos práticos, porque agora, na ficção, busco sempre desenvolver histórias protagonizadas por mulheres, tanto em roteiro, quanto em prosa literária”, explicou a escritora ao Olhar Conceito.
 
No Metade Cheio, Stéfanie vai falar sobre a parte teórica e, depois, buscar exemplos no cinema e na literatura, junto com os participantes. “A roda de conversa vai ter o formato de uma discussão mediada. Primeiro, vou falar um pouco da jornada do herói, das pesquisas feitas tantos por Joseph Campbell (“O herói de mil faces”), quanto por Cristopher Vogler (“A jornada do escritor”). Depois dessa parte mais teórica, penso que seria interessante buscar exemplos do cinema e da literatura junto com quem comparecer, com cada um trazendo sua visão sobre o assunto. Algo que realmente gere uma discussão. Depois, vamos para a teoria desenvolvida por Maureen Murdock sobre a jornada da heroína (“The heroine’s journey”), pontuando principalmente o que ela traz de novo para o estudo de estruturas narrativas. E, depois, é claro, pensar novamente em exemplos com quem estiver na roda”.
 
Adiantando o assunto, Stéfanie conta que o que acha mais interessante na jornada da heroína, é o resgate dos arquétipos femininos. “Isso principalmente em histórias protagonizadas por mulheres que ficaram negligenciadas ou até mesmo esquecidas ao longo do tempo. Grande parte dessas teorias (tanto do herói, quanto da heroína) vêm da mitologia e é muito curioso ver como muitos mitos sobre as deusas foram simplesmente deixados de lado. Não é por acaso que em muitos contos de fadas a figura da mãe ou é ausente, ou maligna. A jornada da heroína traz não só uma estrutura narrativa para usarmos em histórias novas, mas também revitaliza exemplos que podem ser usados até hoje”, finaliza.
 
Serviço
 
Bate-papo: A jornada do herói/ heroína
Data: Sábado (21)
Horário: 19h
Local: Metade Cheio
Endereço: Rua Comandante Costa, 381
Sobre as inscrições: Basta mandar uma mensagem no inbox do Metade Cheio ou fazer no caixa do estabelecimento.
O evento é gratuito e as vagas limitadas.
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