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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Professores lançam livro com resumos e análises de 'obras obrigatórias' para vestibular da Unemat

Foto: Divulgação

Professores lançam livro com resumos e análises de 'obras obrigatórias' para vestibular da Unemat
Um livro lançado recentemente pelos professores Marinaldo Custódio e Sérgio Cintra promete ser uma ‘mão na roda’ para quem vai prestar o vestibular da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) no próximo dia 10 de junho. O trabalho reúne resumos, análises e exercícios sobre as obras ‘obrigatórias’ para a prova.

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‘Vestibular Unemat – Obras Literárias’ traz informações sobre Estórias Abensonhadas, de Mia Couto; Entre uma noite e outra, de Lucinda Nogueira Persona; Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis; Arena conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal; e Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, todas obrigatórias aos vestibulandos.

Além dos resumos e análises, há, ainda, contextualização histórica de cada produção; foco narrativo; tempo/espaço; gênero da obra, e, ao final da abordagem de cada uma delas, exercícios para facilitar a memorização dos estudantes.

De acordo com a assessoria, trata-se de uma lista bastante eclética, e em mais de um sentido. Em primeiro lugar, quanto ao fator tempo: Memórias de um Sargento de Milícias, publicado em 1853, e Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicado em 1881, são, portanto, do século XIX; Arena conta Zumbi, que estreou no Teatro de Arena, em São Paulo, em 1º de maio de 1965, e Estórias Abensonhadas, publicado em 1994, se inserem na história do século XX; enquanto Entre uma noite e outra já é do século XXI, pois que foi publicado no ano de 2013.

O espaço também é diverso: Machado e Almeida retratam o seu Rio de Janeiro natal, Boal e Guarnieri falam a partir de um prisma paulista, Lucinda é uma paranaense moradora de Cuiabá há muitos anos, de onde escreveu todos os seus seis livros de poesia publicados até agora, enquanto Mia Couto é moçambicano e, assim, retrata as gentes e as coisas do seu país.

Veja um breve resumo de cada um:

Memórias de um Sargento de Milícias, embora se situe cronologicamente dentro do Romantismo, na verdade tem muito pouco de romântico. Dessa maneira, a obra pode ser classificada como de transição entre o romantismo já decadente e o realismo; ou se trata, simplesmente, de um romance de costumes, retratando o cotidiano das camadas populares (classe média baixa daquele tempo) da capital fluminense.

Memórias Póstumas de Brás Cubas, a obra do “defunto autor” machadiano, tem como pano de fundo o Brasil do século XIX, mais precisamente o Rio de Janeiro, e com um recorte mais específico ainda num bairro da capital do Império (a Gamboa), além de se passar um pouco também em Coimbra (Portugal), para onde o narrador-protagonista é mandado pela família a estudar, depois de esbanjar parte da fortuna paterna devido a sua paixão desenfreadapela cortesã Marcela.

Arena conta Zumbi, por seu lado, aborda um momento crucial da nascente democracia brasileira, a Ditadura Militar (1964-1985) que cassava, prendia e torturava aqueles que a ela se opunham; mas alguns, pelas “frestas”, ainda criaram arte com certa liberdade. E é aí que surge o Teatro de Arena. Num tempo em que as garantias do estado democrático de direito eram suprimidas pelo estado de exceção, brotava uma maneira de dizer “não” àquele estado de coisas, daí o teatro de Boal e Guarnieri é entendido como de gênero dramático engajado.

Entre uma noite e outra deixa clara a predileção da autora pela sucessão de cores e fatos cotidianos. E tão cotidiana é a sacada poética de Lucinda Persona que ela optou por dividir a obra em sete capítulos, e o fez em sete dias, tal qual Deus no ato da Criação: Domingo, Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado(embora não se saiba se lá, na Criação, havia dias assim nominados).

Por fim, Estórias Abensonhadas, emoldurado pela recriação da linguagem empreendida pelo autor, tem como palco a terra natal de Mia Couto, em particular em episódios envolvendo a Guerra da Independência de Moçambique, também conhecida (em Moçambique) como Luta Armada de Libertação Nacional, ou Guerra Colonial Portuguesa, um conflito armado entre as forças da guerrilha da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) e as Forças Armadas de Portugal. Começa oficialmente em 25 de setembro de 1964 e termina com um cessar-fogo a 8 de setembro de 1974, resultando na independência negociada em 1975.
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