As primeiras moradoras do Santuário de Elefantes, construído em Chapada dos Guimarães, chegam hoje à cidade. Depois de mais de dois dias de viagem, Maia e Guida serão recepcionadas e vão estrear as atividades no primeiro santuário da América Latina.
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As duas saíram de Paraguaçu, em Minas Gerais, onde viviam acorrentadas, no último domingo (9). Na Fan Page do Santuário, vídeos acompanham passo a passo a trajetória das elefantas resgatadas. Maia pesa 3600kg, e Guida 3100kg.
A viagem das duas está sendo acompanhada, também, pelo
site Buzzfeed. Segundo o portal, as duas foram confiscadas pelo Ministério Público da Bahia do Circo Internacional de Portugal em 2010, e passaram a viver em um sítio em Paraguaçu (MG), do advogado do circo. Em 2013, no entanto, um inquérito concluiu que as elefantas não sofriam maus tratos no sítio, mas viviam acorrentadas e em situação inadequada. As duas dividiam um espaço de 1500 metros quadrados, e eram separadas por fios de alta tensão.
Agora, as duas terão liberdade no Santuário. Em 1100 hectares, viverão como se estivessem na mata aberta, mas com os cuidados necessários que precisam, já que foram domesticadas.
O Santuário
A ideia da criação do Santuário de Elefantes, que será o primeiro da América Latina, foi da publicitária Junia Machado depois de se solidarizar com a causa. Em parceria com a ONG Elephant Voices e com o Santuário do Tenessee, ela encontrou a área ‘perfeita’ em Chapada e iniciou o trabalho.
O Santuário não será aberto ao público, os elefantes machos e as fêmeas ficarão separados para que não haja reprodução. O objetivo é resgatar cinquenta elefantes de toda América Latina.
Depois de Maia e Guida, a próxima elefanta a vir será Ramba, que vive no Chile. O projeto vive totalmente de doações de empresas e de pessoas físicas, não há dinheiro público. Além disso, o Santuário conseguiu, junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), todas as licenças ambientais para funcionar.
O Transporte
Para trazer Maia e Guida, foi necessário construir caixas de transporte adequadas. Somente as caixas para trazê-las custaram em torno de R$80 mil (cada). O dinheiro veio de doações pela ‘Vakinha Online’ e as caixas foram construídas por uma empresa mato-grossense de construção modular. As caixas possuem, inclusive, câmeras de vídeo para monitoramento. Assista aos vídeos do transporte das duas:
