Olhar Conceito

Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Comportamento

Youtuber Jout Jout conta que ela e o feminismo se encaixam perfeitamente

Foto: Alexandre Durão/G1

Youtuber Jout Jout conta que ela e o feminismo se encaixam perfeitamente
Se você acha perda de tempo ver vídeos sobre segredos escatológicos das mulheres ou sobre relacionamentos é porque, com certeza, ainda não assistiu a Jout Jout Prazer. Criado por Julia Tolezano, de 24 anos, o canal do YouTube tem sua graça em assuntos cotidianos justamente pelo jeito como ela os aborda. Não é por acaso que muitas pessoas acham que Julia é atriz. “Eu sou tipo um amigo no bar conversando”, Julia se define, em entrevista ao G1. Assista ao vídeo acima. Elas se posicionam em frente a uma câmera, mas vão na contramão das centenas de vlogs dedicados apenas à maquiagem e à moda. Além de ganhar fama, essas youtubers mobilizam na web discussões sobre o feminismo. Leia o especial. Formada em Jornalismo pela PUC-Rio, Julia criou o canal faz um ano, mas foi há três meses que ele realmente bombou com a publicação de "Não tira o batom vermelho". Ao falar sobre relacionamentos abusivos “de forma leve”, o vídeo foi visto mais de 700 mil vezes. “É triste que tenha feito tanto sucesso, porque quer dizer que muitas pessoas estão em relacionamentos abusivos”, lamenta. Hoje, seu canal tem mais de 14 milhões de visualizações. Grande parte de seus vídeos é gravada em sua casa em Pendotiba, Niterói. Mas não é um cenário fixo. Julia foi convidada pelo Netflix para ir ao lançamento da série “Orange is the new black” em Nova York, EUA. Foi lá e fez vídeos com as atrizes. Sua agenda obrigatória é postar duas vezes por semana. Julia, no entanto, consegue tirar conteúdo de coisas como filmar o próprio pé, fazer brigadeiro ou criar um funk com objetos que estão ao seu redor. Ela mistura isso com “vídeos sérios” sobre o uso do coletor menstrual, homossexualidade e masturbação feminina. “Meus vídeos rodam muito nos grupos feministas do Facebook”, conta. “Eu nunca me identifiquei como feminista e levantei bandeiras. Mas aí eu fui vendo as coisas que o feminismo diz e fui vendo as coisas que eu digo e vi que encaixava perfeitamente.” Quando não produz sozinha, Julia tem o apoio do namorado Caio, que participa sem aparecer. Já virou um personagem do imaginário de quem segue o canal. “Ele tem vergonha. O que eu posso fazer?”, comenta. Ela até criou uma série de vídeos chamada “Cajout responde”, em que o casal lê perguntas enviadas por fãs pelo Facebook sobre seu namoro. No vídeo abaixo, Julia explica como faz seu canal. Depois que fez seu primeiro merchandising, em março, percebeu que dava para viver do canal. "É mais incerto, porque você nunca sabe o que pode acontecer, e também porque o YouTube não paga plano de saúde, mas a aventura é muito mais legal e o que eu recebo é muito mais do que fazendo estágio em qualquer lugar", afirma. E a Julia de 60 anos ainda estará fazendo vídeos? A Julia de 24 diz que está "numa de viver o agora". "Vamos vivendo e vamos vendo. Por enquanto está só paraíso."
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet