A televisão, uma das maiores invenções do século XX, é considerada por muitos um dois maiores meios de comunicação que existe, no entanto, o que nos faz assistir tanto programas de humor e principalmente novelas?
Recorro à Grécia antiga para tentar exemplificar um comportamento tão bem aplicado na nossa sociedade contemporânea: a catarse.
Segundo Aristóteles, a catarse (kátharsis) refere-se à purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama e, portanto pode ser empregada e estudada em diversos campos do comportamento humano, tais como a tragédia na literatura ou até mesmo na psicanalise.
Com o aumento do consumismo já iniciado no Realismo francês e perfeitamente descrito em Madame Bovary, podemos destacar que a sociedade está a cada dia mais etnocêntrica.
Creio que a sociedade está passando por um momento de alienação e não etnocentrismo, pois assistem a absurdas histórias acerca da problemática social sem mesmo se importarem.
Onde está a criticidade? – a resposta é obvia, é expurgada pela catarse.
O sistema político-econômico nos faz perder toda a criticidade em tramas novelísticas ou sensacionalismo cômico.
O que devemos fazer é nos atentar a todos os tipos de informações que nos ocorre e principalmente nos preocuparmos o que a juventude tem acesso.
Não deixemos que a nossa criticidade seja desmoronada e tentemos nos tornar espíritos livres assim como falava Nietzsche.
*Jefferson Almeida é professor de línguas estrangeiras, estudante de letras da UFMT e membro do grupo de pesquisa “História do português brasileiro” da USP/UFMT. É amante de literatura, têm 24 anos e fala seis línguas.
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